Um momento mais do que especial ocorreu ontem (4) domingo pela manhã na praça principal no Bairro Coophafé, em Campo Grande (MS), quando do início de mais uma edição da Feira do Borogodó. O presidente do Instituto AGWA, Nelson Araújo Filho, juntamente com representantes do Grupo Musical ACABA - Os Canta Dores do Pantanal, além de professores da Escola Estadual Maria Eliza Bocayuva Corrêa da Costa, representada pela professora Sueli Paroni, além da comunidade em geral plantaram uma muda de "Carandá", uma das árvores símbolo de resistência do Pantanal Sul-Mato-Grossense. Mais tarde ocorreu o lançamento do livro do jornalista Rodrigo Teixeira e um show especial do grupo.
Esse plantio, de acordo com um dos fundadores do Grupo ACABA, Moacir Lacerda, é uma forma real de simbolizar essa árvore pantaneira que resiste com tantas agressões que vem sofrendo ao longo dos tempos na região. "A origem dessa ideia surgiu em 1995 quando participamos do Festival das Águas do Mel, no município Iraí, no Rio Grande de Sul. Era uma mostra cultural do Brasil onde foram selecionados 12 (doze) representantes de 12 estados e pelo Mato Grosso do Sul foi escolhido o Grupo ACABA. Nós acompanhamos na época o pesquisador José Octávio Guizzo. Apresentamos neste festival a música "Arrebento de um Príncipe", que conta a história do último grande cacique guaicuru, João Príncipe - uma musica religiosa com a temática indígena, Naquela situação fomos solicitados para que levássemos dois quilos de terra sul-mato-grossense. E isso foi pedido para todos o outros participantes. No último dia do festival, fomos na praça principal, ladeado com todos os representantes dos CTGs, escolas, e ali com os representantes de cada Estado. naquele momento foi plantado a árvore símbolo do Rio Grande do Sul, que é a erva mate. Foi plantada no meio daquela praça, onde cada representante , fazia uma declamação, cantava uma música e jogava junto com aquela plantinha, a terra de cada Estado, portando uma união de todos os povos", afirmou.
Carandá e apoio do AGWA - Pegando essa mesma ideia, o músico, pesquisador e compositor Moacir Lacerda, afirmou que quando ele estava elaborando o projeto do livro do jornalista Rodrigo Teixeira sobre a história do Canta Dores do Pantanal - ACABA, surgiu a lembrança do festival no Rio Grande do Sul e automaticamente a ideia de fazer o mesmo.
"Um ato de simbolismo em defesa do Pantanal, que vem sofrendo agressões, desmatamentos, incêndios, a cada ano. Então veio a ideia do Carandá. Eu inicialmente ia buscar a muda da árvore em Porto Esperança e Albuquerque. Lá tinha "seo" José Domingo, que iria retirar para nós. Só que veio o incêndio novamente e praticamente acabou com todos os pés da árvore de Porto Esperança. Foi quando pedimos socorro para o o presidente do Instituto Agwa, Nelson Araújo Filho. Foi onde nos auxiliou trazendo 6(seis) mudas de Carandá, da região Amolar. Elas serão plantadas em Campo Grande.. Primeiro foi neste domingo no Bairro Coophafé. Outras serão no Colégio Estadual Campo-Grandense, onde surgiu o grupo ACABA, depois no Lago do Amor, Lagoa Itatiaia, Parque das Nações Indígenas e no Bairro Amambai. O Carandá é símbolo de resistência em defesa ao pantanal. Queremos mais uma vez agradecer o agradecer o Instituto AGWA como nosso parceiro. O presidente Nelson Araújo Filho é uma pessoa parceira, do bem e desde nosso encontro sempre apoiou nossa causa, e nada mais justo que que ele fosse o primeiro a plantar essa árvore", concluiu.
Bela iniciativa Agwa e Acaba. Parabéns.
Sandra Luiza - Corumbá MS
Parabéns a todos. Bela iniciativa.
João Arlindo - Campo Grande MS