Marcus Garvey, filósofo e ativista jamaicano disse: “Um povo sem o conhecimento da sua história, origem e cultura é como uma árvore sem raízes”. Com isso escrevo que é extremamente gratificante saber que artistas do Mato Grosso do Sul que atualmente residem fora do país, sempre estão mostrando para o mundo dessa grande e rica culturalmente região brasileira. Nesse tempo de “live”, o músico Luis Henrique Ávila, campo-grandense que reside na Inglaterra – Londres - fez uma grande homenagem acompanhado de sua guitarra, canções de músicos e compositores do MS. A escolha foi muito difícil justamente pela diversidade musical existente – desde o pop, rock, regional, soul, blues e MPB. É óbvio que faltaram outros, mas o tempo é escasso quando se propõe uma live. Assim, o músico começou tocando “Uma pra Estrada” de Geraldo Roca, com versão da banda Vaticano 69; em seguida tocou o mestre Geraldo Espíndola com “Kikiô”. Não poderia faltar aquela que se tornou um dos hinos do Mato Grosso do Sul, “Trem do Pantanal”, de Geraldo Roca e Paulo Simões, em uma versão de Almir Sater. O blues esteve presente na vida de Luis Ávila, Ele sempre gostou e já participou e formou bandas na cidade. “Mutantes” da Bêbados Habilidosos, de Renato Fernandes e “Primavera”, música autoral do Zé Pretim e “Lava de Blues” de Geraldo Espíndola e Elza Soares, foram as escolhidas. Belas canções e que fazem parte da história da do blues sul-mato-grossense. A balada “Campos da Paz” de José Boaventura, lembrou esse artista que foi o responsável pelo primeiro CD de Blues no Estado. Outra geração foi lembrada também com “Meu Vício” de Jerry Espíndola; “Meu Carnaval” dos Filho dos Livres e “ O Seu Amor”. do douradense, Daniel Freitas, aliás, uma das mais belas canções já composta por esse músico. Outra geração não foi esquecida também com o som de Ton Alves com a bela “Noites em Claro” e “O Acaso” da maravilhosa e multi-instrumentista Ju Souc. O pop rock da banda Haiwanna teve seu espaço com a “Super Herói”. Nesse passeio pela música sul-mato-grossense tocou “Chega de Cidade” de um dos artistas hoje reconhecido nacionalmente, Guilherme Rondon. Por fim, encerrando essa live especial, “Fases”, de Zé Du e depois com nada menos do que a conhecidíssima “Castelânea”, de Carlos Colman. Não estava no “script” e a pedidos, terminou com “Mochileira”, do eterno Geraldo Roca, numa versão de Almir Sater. A live do músico Luis Ávila sem dúvida teve saudosismo e valorização da música que é feita no Mato Grosso do Sul. Seria muito bom que outros músicos que residem fora do Brasil não perdessem essa identidade como ele! Acertou em cheio!
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