Sábado Literário - vozes femininas da literatura de MS: bate-papo e lançamento de livros das autoras Tânia Souza, Diana Pilatti, Adrianna Alberti e Joseane Francisco

Neste sábado (26), às 17 horas, na Biblioteca Pública Estadual Dr. Isaias Paim (Av. Fernando Corrêa da Costa, 559 - 2 andar - Prédio da Fundação de Cultura do Mato Grosso do Sul), acontece o lançamento dos livros de Tânia Souza, Diana Pilatti, Adrianna Alberti e Joseane Francisco. A mediação será da jornalista Evelise Moraes Couto, do Clube de Leitura Leia Mulheres.
A Coleção Mulherio das Letras
Os livros fazem parte da Coleção III do Mulherio das Letras, da Editora Venas Abiertas. Essa editora foi fundada em 2018 e se trata de uma editora popular de Literatura Brasileira Contemporânea, voltada para os gêneros de poesia, dramaturgia, romance, contos e crônicas. Desenvolvendo projetos de qualidade com uma proposta de acessibilidade de publicação via economia solidária e cooperativa.
A Coleção Mulherio das Letras, foi pensada em diálogo com o grupo Mulherio das Letras, coletivo feminino formado por escritoras, editoras, ilustradoras e profissionais de todo o país e também estrangeiras, organizado em 2017 pela escritora Maria Valéria Resende em João Pessoa (PB). Visando a publicação e a visibilidade da escrita feminina, a coleção traz desde primeiros livros publicados de escritoras iniciantes, até antologias coletivas, artigos e textos de blogs de escritoras veteranas.
A III Coleção de Livros de Bolso do Mulherio das Letras da Editora Venas Abiertas conta com 33 escritoras brasileiras. Representando MS, Tânia Souza, Diana Pilatti, escritoras veteranas, dividem a mesa com Adrianna Alberti e Joseane Francisco em suas primeiras publicações físicas.
As Escritoras
Nascidas pelo Brasil, mas moradoras de Campo Grande, MS, as escritoras apresentam em suas obras micronarrativas, contos, poesias e outros estilos, como o minimalismo do haicai, a poesia, o poetrix, até o registro em prosa de memórias e paisagens campo-grandenses.
Tânia Souza é natural de Bela Vista (MS), vive atualmente em Campo Grande (MS). É professora, poeta e escreve literatura para infância, contos que passeiam pelo insólito, ficção cientifica e realismo fantástico. É também colaboradora da Revista Fantástica Caligo e participante dos grupos de leitura Vórtice Literário e Leia Mulheres.
O livro Microficções e outras fantasmagorias poéticas, é o sétimo livro que Tânia Souza publica. Trata-se de um livro de contos e poemas que trazem amor, morte, violência, fantasmas e viajantes espaciais em suas páginas. Há também haicais e outras micronarrativas são alguns dos textos deste pequeno livro de bolsa. As ilustrações, feitas por Diana Pilatti, aparece nessa mescla de tecnologia e elementos da natureza, um contraste que perpassa todo o livro.
Diana Pilatti é poeta e professora. Nasceu em 21 de março de 1979, no Dia Internacional da Poesia, em Foz do Iguaçu (PR), mas mora em Campo Grande (MS) desde a infância. É coorganizadora da Mostra Poetrix, edições 2020 e 2021, e autora dos livros de poemas Palavras Avulsas, volume 7 da I Coleção de Livros de Bolso do Mulherio das Letras (2019), coleção que esteve entre os dez finalistas do Prêmio Jabuti de Literatura 2020, na categoria Inovação: Fomento à leitura; Palavras Póstumas; Palavras Diáfanas, e seu último lançamento Haicais e outros poemínimos. A escritora faz parte do Coletivo Literário Mulherio das Letras e do Coletivo Literário Independente Tarja Preta.
O livro Haicais e outros poemínimos, integra a III Coleção de livros de bolso do Mulherio das Letras. O livro temas que abordam o instante fotográfico da vida: pequenas sinestesias, a paisagem noturna, a brevidade da natureza e microaflições do cotidiano, além da saudade e da efêmera temporalidade humana, seus temas mais recorrentes. A obra é resultado de um exercício constante da escrita poética concisa, na forma do terceto, e paradoxamente densa, por sua multiplicidade de sentidos. O livro também conta, em seu interior, com ilustrações em nanquim de Maria Angélica Chiang, artista argentina, radicada em Mato Grosso do Sul.
Nascida em São Paulo, capital, Adrianna Alberti já se sente filha adotiva de Campo Grande, onde mora desde 2002. Escritora, revisora, leitora crítica e doutoranda em Estudos de Linguagens UFMS, pesquisadora de literatura fantástica. Em 2021, lançou seu primeiro livro, em Ebook, O Silêncio na Ponta dos Dedos, reunindo poesias escritas desde os 14 anos até os dias atuais, o livro selecionado para o Prêmio Leia MS da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), através da Lei Aldir Blanc. Em 2021 também ganhou o segundo lugar na 33ª Noite de Poesia da UBE-MS. É a realizado do evento e do canal do Youtube Expressões do Fantástico e também participa do grupo de estudos NAFTA – Narrativas Fantásticas e Temas Afins, da UEMS.
O livro As Cores na Ponta da Língua traz micronarrativas de pequenas cenas cotidianas, memórias das flores dos ipês e das estrelas do céu de Mato Grosso do Sul, há o álcool que percorre o sangue em jovens e iluminações preciosas de se estar no lugar certo. Suas narrativas ainda abordam angústias, medos, mortes simbólicas de alguns sonhos fugazes, bem como as cores de uma dança, os arrepios das imagens e o calor no peito de uma tarde carinhosa. Nesse livro há, antes de qualquer coisa, o desejo de gravar em quadros em movimento, quase sonoros, cujas cores exigiram ser escritas.
Joseane Francisco é professora de Língua Portuguesa e I.E.L (Iniciação aos Estudos Literários) na Rede Municipal de Educação em Campo Grande, revisora, possui um canal no Youtube sobre dicas de português, escritora e mãe. Mora em Campo Grande (MS), cidade onde nasceu, com seus filhos e esposo. Graduada em Letras pela UFMS, possui mestrado em Linguagens e Letramentos pela UEMS. Tem publicado o livro Vozes em mim e um capítulo do livro Estudos em casa: linguagens, educação e ensino, organização”, intitulado O papel da cultura na criação de fraseologismos no conto Capitoa de Hélio Serejo.
As histórias narradas no livro Vozes em mim apresentam mulheres que estabeleceram laços de amizade, de força e superação memoráveis. Essas mulheres e suas sagas nasceram inspiradas nos recantos da memória afetiva, desenhadas a partir de conversas ouvidas a beira do fogão, imaginadas nas paisagens bonitas e melancólicas dos sítios, admiradas nas palavras entoadas por tias, avós e tantas outras. (Ass.FCMS)
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