Maria Adélia Menegazzo, curadora da FLIB - Feira Literária de Bonito (MS), que esse ano entra na sua oitava edição, relata ao Blog do Alex Fraga sobre essa experiência em conduzir o principal acontecimento cultural no que se refere as letras ao longo desses oito anos de existência. Afirma que em 2024 o público está podendo ver grandes revelações em temos de literatura com a presença de vários autores sul-mato-grossenses e também escritores que vieram de outros estados.
"Na realidade, nesse encontro literária, nós pretendemos quebrar essas fronteiras. Realizar trocas culturais, pois isso é muito importante para nós e principalmente insistir nessa necessidade de se criar uma comunidade leitora. Se começa com concurso de redação nas escolas, o acesso ao livro com a presença de muitas livrarias e que hoje temos um número bem maior do que as edições anteriores. As livrarias estão inclusive com os livros dos autores que participam na feira,. Há lançamentos de livros, teatro, contação de histórias, ou seja têm muitas atividades para todas as idades, comenta.
ESCOLAS PRESENTES - Um trabalho árduo, mas de fundamental importância está sendo feito pela organização da Feira Literária de Bonito com as escolas do município. Sabe-se que logo no começo do ano isso ocorre. "Nós fazemos essa ligação com a Secretaria de Educação do município. Com isso, podemos trazer os alunos do ensino fundamental. Logo nas primeiras semanas do ano viemos para Bonito reunir com o pessoal da área educacional. A secretária Eliana Rafael Fregatto está sempre disponível e convoca as diretoras das escolas. Assim nós apresentamos qual será o tema da FLIB do ano. O assunto retorna para as salas de aula e os professores começam a trabalham com o tema com seus alunos, que posteriormente participam de um concurso literário, mas que na realidade é de redação, no entanto com o mínimo de recursos literários na escrita".
Maria Adélia acrescentou ainda, que após esses 8 anos de Feira Literária, agora estão tendo uma resposta mais efetiva. "Um exemplo claro posso dizer, que no ano passado os ônibus chegavam com as crianças e elas saiam muito rápido, isto porque tinham que almoçar. Esse ano nós organizamos melhor. Assim tivemos a coordenação nessa área da Ligia Prieto e nos facilitou muito. Então, a divisão do número de crianças foi bem feita, com atividades para mantê-las ocupadas. Acredito que está funcionando cada vez melhor".
MÚSICA E LITERATURA - Muito se tem discutido sobre a inclusão de shows musicais em eventos literários, principalmente com nomes renomados. No entanto, a FLIB desse ano em sua programação resolveu prestigiar na maioria dos shows, artistas regionais. Apenas um grupo musical veio de fora, o Tukum (RJ), que além do trabalho musical, faz performance.
"Eu acredito que não tem problema nenhum trazer shows, pois pensamos assim: o que vem a ser uma feira literária? Qual é o centro de uma feira literária? É a literatura, é o livro, é o autor. Então tudo que vem junto é complemento. Acho que o tema leva muito a isso. Por exemplo, nós discutimos aqui na Feira em uma roda de conversa com o Álvaro Banducci Jr, o tema Fronteiras e Travessias. A nossa condição é de estar em um Estado fronteiriço. Então nós já somos fronteira. Temos todas as travessias que podemos fazer pela literatura. Acho que o músico local cabe muito bem, pois ele dialoga com o público mais facilmente, e ai enfatizamos mais a literatura. A maioria que está aqui tem uma empatia com a literatura e está tudo certo", finalizou.
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