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Entrevista - Marcos Assunção: "Eu tenho a viola caipira como um instrumento sem estereótipos !"


Ele é considerado um dos principais músicos do Mato Grosso do Sul e tem destaque nacional de internacional. Em entrevista ao Blog do Alex Fraga, o multi-instrumentista campo-grandense Marcos Assunção fala de sua trajetória musical, principalmente com seu trabalho instrumental e da viola caipira e suas nuances. Em destaque o projeto Viola e Batuque que estará passando nestes mês de agosto por 10 cidades do MS, iniciando no dia 15 na cidade de Dourados, passando posteriormente por Ponta Porã, Naviraí, Ivinhema, Ribas do Rio Pardo, Água Clara, Três Lagoas, Coxim, Aquidauana e Campo Grande. Marcos Assunção nasceu em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Começou a tocar aos 7 anos na banda marcial da escola e com 13 anos começou a estudar violão e guitarra. O encontro com a viola caipira foi através do seu saudoso avô Duarte Assunção.Motivo pelo qual, adotou o sobrenome em seu trabalho artístico em homenagem a ele. O Jazz, Choro, Bossa Nova, Música Erudíta, Música Capira e a regional, são suas principais influências. É graduado em música pela UFMS e Pós-graduado em Educação musical. Já dividiu palco com músicos renomados como Gary Willis – USA, ST Fusion – Espanha, Arthur Maia, Roberto Correia, Ivan Vilela, entre outros. Recebeu o prêmio nacional do projeto Pixinguinha em 2008 – Prêmio produção (FUNARTE) – RJ ao lado de Gabriel Sater. Em 2011 gravou o segundo CD instrumental “Eu, a viola e Eles” através do FIC – Fundos de Investimentos Culturais. Apresentou-se pelo Chile e Espanha. Destacam-se o festival na Universidade de Antofagasta, festival Tensamba em Madri e Barcelona, I festival de Jazz em La Laguna- Tenerife Norte, e o II Ciclo de guitarras nas ilhas Canárias em Gran Canária, Lanzarote como concertista e ministrante. Foi convidado a participar do Brazilian Songbook International, realizado pela FUNARTE (Vol. 6 Pág. 330 no site da FUNARTE). Participou do programa “Revoredo” da USP – SP, Marcos Assunção criou por meio do Luthier Gustavo Crespe, um instrumento singular no qual fez a unição da viola brasileira e violão brasileiro sete cordas, inspirado nos modelos de guitarras double neck.

Blog do Alex Fraga - Você é considerado um dos grandes nomes da música do Estado e já se apresentou até em cidades da Europa. Agora está como esse projeto Viola de Batuque com reconhecido percussionista Marco Lobo. Como surgiu a ideia desse trabalho e como conheceu ele ?

Marcos Assunção - Em 2021 iniciei a produção de um álbum instrumental com o intuito de divulgar os arranjos que transcrevi para a viola caipira que estão no livro método “Viola Brasileira nos volumes 1, 2 e 3”. Entre as obras constam Cello Suíte e Bourré de Johan S. Bach, Odeon de Ernesto Nazareth, Comitiva Esperança Esperança, de Almir Sater e Paulo Simões e Trem do Pantanal de Paulo Simões e Geraldo Roca. Tive um convite para iniciar as gravações desse projeto no estúdio de um produtor musical aqui de Campo Grande que é um amigo de longa data. Foram intensas as conversas e discussões saudáveis referentes aos arranjos. Surgiu, por parte desse amigo, os rumos para obter um trabalho mais comunicativo com o público de massa – que a cosmo visão de quem trabalha com a indústria de consumo. Resumindo, não consegui sucesso na finalização do trabalho com esse produtor, porque eu vi nessa experiência que não consigo fingir musicalmente uma estética musical ou “ausência dela”, para ter algum tipo de reconhecimento. Isso é o contrário do que trago em meus trabalhos com a música. Não tenho nada contra quem faz isso intencionalmente ou decorrente da limitação musical, mas não lançaria um álbum de viola caipira cujo o artista é uma personagem. Isso me tornaria um músico distante do que desejo entregar musicalmente e do meu sentimento e amor à música. Pra mim, todo mundo tem algo singular dentro da alma artística, o árduo é conseguir encontrá-la. Mas quem acha é como um tesouro. Após o fracasso em concluir o álbum nesse primeiro “round”, peguei os áudios já gravados e continuei os arranjos e pesquisas para concluir. A intenção até aqui era lançar um álbum totalmente solo, só obras construídas para subir sozinho no palco, “eu e a coragem”, porque é um desafio que gostaria de vivenciar. E certo dia, apareceu subitamente um vídeo do Marco Lobo fazendo uma publicidade do seu trabalho. Isso remeteu-me à oportunidade que tive de assistir ao seu vivo o show com um quinteto. Entre eles estavam Edu Ribeiro na bateria e foi no JazzB em São Paulo. Entrei em contato, falei do projeto e ele me pediu para enviar as músicas para ouví-las. Depois desse primeiro contato, combinamos a sua participação na gravação do álbum. No decorrer da caminhada, o projeto foi tomando formas naturalmente construídas pela criatividade desse percussionista. Inclusive, o título do álbum partiu dele. O que mais me impressionou foi a generosidade. Um grande artista geralmente tem na mesma proporção, uma generosidade ímpar, assim, como a arrogância de outros que conheci, geralmente vêm na mesma proporção a ignorância musical. Quando perguntei para ele sugerir o que colocar na ficha técnica em relação aos instrumentos tocados, pois, era para o nome dele estar na ficha técnica apenas, Ele disse: "...nasceu um trabalho em duo parceiro...". Daí nasceu o “Viola e Batuque – Marcos Assunção e Marco Lobo”, o que me emociona até agora é o fato de ter partido dele, e isso é muita honra pra mim. Isso foi muito além do que eu coloquei no objetivo inicial que era gravar músicas instrumentais de obras transcritas dos meus livros, e sem sombra de dúvida, um presente resultado que acredito ser, de muita perseverança em lutar e continuar acreditando. Hoje, com 46 anos, assisto amigos bons músicos mudando de profissão. E confesso, tenho saudade de tocar com eles. E assim, sinto-me honrado e presenteado por um dos maiores percussionistas do Brasil e do mundo. Foram 10 anos só com o Milton Nascimento, imagina o que tenho aprendido musicalmente com essa experiência? Muito grato a Deus por tudo isso.

Blog do Alex Fraga - Acredita que a música instrumental ainda é pouco valorizada aqui em Mato Grosso do Sul? O que está faltando?

Marcos Assunção - Antes de comentar sobre esse assunto complexo é importante ressaltar que enxergo a existência de uma desconstrução em andamento do que é verdadeiramente arte excelente. As causas, deixo para os socialistas explicarem, gosto muito de ler o sociólogo Zygmunt Bauman que poderia escrever sobre a “música líquida”. Lutar contra isso, é como mandar um lambari engolir um tubarão. É mundial. Estive tocando na Espanha e os produtores dos festivais de Jazz, comentaram que lá não estava nada fácil. Isso envolve muita coisa e engana-se quem pensa que sua play list é decorrente de uma escolha própria. Eu recomendo, para não ocorrer frustração, uma leitura constante, fora da pauta musical, para o artista entender a realidade, e encontrar paz na sua missão, que acima de qualquer julgo contrário, não é para qualquer um. Fazer música, no sentido literal da palavra, é um tipo de sacerdócio, está mais ligado à importância em fazer música do que viver de música. Porque os que são de fato artistas, trazem ao mundo uma representatividade do que é sobre-humana acredito que é transcende, e a arte exerceu sempre uma função de lupa àquilo que não se vê sem profundidade. Para quem ler esse texto, preciso exemplificar o que é música instrumental na minha concepção. É o encontro com a liberdade de criar e expressar a música com responsabilidade em preservar toda uma história da música construída pela humanidade. Ninguém preserva uma árvore cortando a sua raiz. As novas gerações carecem de entendimento dessas verdades absolutas estabelecidas pelas nossas raízes. Costumo dizer que a música instrumental, proporciona um encontro com minha própria limitação, importante para não achar que estou “inventando a roda”, isso implica uma dedicação aprofundada em vários gêneros musicais como o Blues, Jazz, MPB, a música erudita e todos os conteúdos implícitos que arrisco dizer: são infinitos. Bom, esse foi o meu prefácio para falar agora de meu Estado amado, o "Mato Grosso do Sul" e da música produzida e criada por aqui e os desafios em criar espaços para a música instrumental. O que quero dizer primeiramente, que se ainda há música instrumental no MS é porque existem músicos "loucos por música" e não por dinheiro. Esses músicos amam seu "sacerdócio", e entenderam o seu propósito. Escreveu Nietzsche: "Quem tem um porquê, é possível suportar quase qualquer como" usado por Viktor Frankl na sua obra "Sentido da Vida. É impressionante o quanto vejo isso em muitos músicos meu MS vivendo sua arte e felizes pela sua luta. Isso me emociona. Um segundo agente são os incentivos culturais. Eles possibilitam esses músicos criarem, produzirem e fazerem com unhas e dentes a música instrumental que defendo nessa minha concepção. Quero também, ressaltar a importância da música instrumental estar inserida, ainda que em pouca proporção, nos editais em importantes festivais aqui do estado. O Fundo de Investimentos Culturais – FIC/MS, no qual o projeto "Viola e Batuque" foi habilitado, proporcionará ao público o encontro com essa música, é na atualidade, um dos mais importantes investimentos que tornam possíveis a produção musical distanciada dos conceitos de consumo e mais próximo da preservação das raízes que fundamentam as artes excelentes. Pra mim, arte excelente exige do artista uma imersão que é inerente da nossa natureza humana e da nossa capacidade racional. É claro, que o agente principal é o artista, mas, quem na atualidade poderia ousar querer viver de música instrumental se não houvesse esses incentivos? A música instrumental exige muita dedicação, e a minha maior preocupação sempre foi em como manter um progresso mínimo que seja, enquanto Deus me der a vida, se não houver uma prática constante do repertório proposto? Músico nasceu para fazer música. Hoje, está diversificado o mercado, mas a essência é imutável. Música instrumental é para quem decide vivê-la. É muito mais que tocar temas de jazz no quarto de casa, só com isso, terás apenas uma ilusão de superioridade. Músico não nasceu para tocar para as paredes do quarto, que seria um caso sério de insanidade. Há aqueles que gostam de tocar em restaurantes aos sons estridentes dos pratos, garrafas, e conversas paralelas, e não se incomodam quando o garçom manda abaixa o som, porque está atrapalhando a conversa alheia. Não me adaptei com isso, porquê acredito que tem que haver uma entrega musical, e quem está num bar no caso “o cliente”, quer ser servido e quer ser agradado, e quem tenta levar a sua arte na íntegra causará frustração, tanto aos ouvintes, quanto ao artista. Quero elencar pontos positivos que temos na atualidade. Temos um curso música na UFMS em alto nível, com professores doutores que já formou muitos músicos, fortificando para um amplo mercado de trabalho na área da educação musical e trouxe a esperança para quem deseja estudar e viver dessa música. Temos o Prof. Dr. Marcelo Fernandes, um dos violonistas mais premiados e virtuose, um verdadeiro operário de importantes festivais de violão erudito aqui no MS. Temos uma Orquestra Sinfônica que tem um dos maiores violonistas que tive a honra de dividir palco o Maestro Eduardo Martinelli que desenvolve projetos incríveis que inserem crianças e jovens nesse universo. O Sesc Lageado também tem um projeto incrível de educação musical e me emociona muito ver jovens terem oportunidade de ouvir e conhecer a música instrumental seja erudita, brasileira, o jazz. Apesar desses fatos, na atualidade, não há nenhum um espaço cultural que fomenta especificamente essa vertente musical. Há sim, por parte de alguns gestores culturais, uma tentativa de inserir esses trabalhos em eventos diversos daqui. Existem vários trabalhos de música instrumental que admiro aqui no MS, tenho profunda admiração e empatia por cada um deles, pois também vivo na pele os mesmos dilemas e realizações, assim acredito. Temos no MS um importante Festival de jazz em Bonito-MS o "Blues Jazz Festival" que vem perseverando e milagrosamente resistindo. Apesar dessas vantagens percebo a falta de um olhar por parte dos gestores culturais para proporcionar mais investimentos e trazer atrações cujo nível artístico despertaria muitos jovens para a música instrumental. Este festival, por exemplo, teria que ocorrer também na capital. Outro fator, é os gestores culturais criarem um Clube de Jazz e outros festivais de música brasileira, que privilegie esses gêneros musicais diversos como o choro, o jazz, e o ineditismo existente nesse segmento musical. Isso estreitaria a relação entre a classe musical, que unidos, numa sinergia constitutiva, mudaria este estado de coisas, e os músicos daqui teriam mais oportunidades para levar a sua música pelo brasil e o mundo. Isso tudo seria importante para formar público, traria um refrigério para os instrumentistas, proporcionaria um mercado paralelo cujos frutos são as buscas do público por aulas, contrato de shows em eventos privados, uma maior audição vai causar mais familiaridade com o gënero. Mas se não houver quem toca, como ouvirão essa música? Se não houver trabalhos instrumentais, atuando no cenário com o mínimo de dignidade, qual será a referência para as futuras gerações aptas para o aprendizado? Por várias vezes tentamos parcerias com bares, e levei essa música para a noite campo-grandense, mas não vai muito distante. Isso porque, geralmente, quem vai num barzinho, o critério primordial é a qualidade dos serviços gastronômicos, não a arte. (Não vejo como algo errado, porque o preço do cardápio é para poucos bolsos fartos enquanto o pequeno couvert, na maioria dos casos, vai na verdade para as despesas da casa, não para o artista). Não há mais meios de comunicação regional, como rádio, TV, com aqueles horários dedicados em buscar ouvidos atentos e carentes de algo valoroso sonoramente falando. E o pior, essa música instrumental é minimamente fomentado na rede pública de ensino entre as crianças e jovens, apesar de conter esse conteúdo nas diretrizes curriculares; motivo? Uma grande maioria de educadores costuma mostrar para os alunos músicas que dariam vergonha alheia aumentar o volume aqui. Trabalhei por sete anos como professor educador e coordenador de aulas complementares de música na REME. Vivenciei essas mutações culturais. Portanto, os investimentos culturais são importantes “ramos” dessa “videira” que mantém o surgimento de produtos culturais autênticos e proporciona a subsistência desse segmento artístico em geral. Isso garante a preservação das identidades culturais. Quem é verdadeiramente feliz com sua música, é feliz com o essencial. Por que rico é aquele que possui mais do que precisa para viver. Já o pobre é aquele que não possui o que precisa. Sinto que fazendo a música que amo, e tendo o essencial que precisamos para viver e tocar a vida, sou verdadeiramente realizado.


Blog do Alex Fraga - Fale um pouco desse repertório do Viola e Batuque... O que tem de trabalho autoral que irá apresentar para os sul-mato-grossenses?

Marcos Assunção - Eu tenho a viola caipira como um instrumento sem estereótipos, apesar de estar fortemente ligado ao meio rural. Sou guitarrista e violonista. Estudo muito harmonia e improvisação e até lancei recentemente um livro dedicado ao estudo em 2022 o Viola Brasileira Volume 2 e amo demais a música brasileira e o jazz. A viola comecei a tocar em 2008 resultando na premiação nacional no projeto Pixinguinha. Depois disso, ela tornou-se uma parte da minha essência musical. Tenho também admiração por solistas que já deixaram seu legado e trouxeram uma nova maneira de tocar seu instrumento como Raphael Rabelo, Marco Pereira, Yamandú Costa, Hamilton de Holanda. Na viola caipira interpretações solo de Almir Sater, Ivan Vilela e Roberto Corrêa. Eu sou um violeiro que gosta muito de ouvir no Jazz, o Brian Blade, Joshua Redman, Pat Metheny, Pat Martino, Charlie Paker, Miles Daves. Na música brasileira, o Hermeto Pascoal, Egberto Gismonti, Romero Lubambo, Chico Pinheiro. Na música erudita, Johan Sebastian Bach, Ludwig Van Beethoven, Heitor Villa Lobos. Portanto é natural na hora de construir arranjo ou compor, essas influências estarem vivas na minha música, às vezes de forma direta ou indireta. Os amantes da viola caipira chegam as vezes a duvidar que utilizo a afinação cebolão em Mi que é tradicional dos pagodes caipiras. Isso resultou num álbum plural em ritmos e reamornizações das obras regionais. “Comitiva Esperança” com pitadas de maracatu e no Trem do Pantanal trafego pelo “Blue Jazz”. Intrinsecamente, existe uma identidade cultural construída pelas fortes influências fronteiriças e suas pluralidades e biodiversidades advindas do nosso Pantanal. São muitos os músicos que aprendi a admirar aqui e muitos deles tornaram-se um parâmetro daquilo que busquei musicalmente, tanto os compositores como os instrumentistas daqui. Não preciso colocar nomes aqui, por que já falei pessoalmente à cada um deles. As composições estão cobertas dessas influências. Teremos a "Polca do Sucuriú" e a "Polca Saudade", "Revoada BLUE". Outro fato emocionante foi a inclusão da obra de Egberto Gismonti. O álbum tem a música “Loro” com arranjos inéditos para viola caipira. A surpresa que ocorreu é que recebi um email descrito ...Em tempo, segue a resposta do autor: "Marcos, gostei muito da sua viola caprichosamente costurando as linhas dos caminhos caipiras misturados aos forrós também muito alegres e amigos. Sua versão final do Loro vai ficar uma beleza. Obrigado !", Egberto Não posso deixar de tentar descrever a felicidade, a honra de ter em meu álbum duas das muitas obras de artistas que incentivou uma geração e inaugurou no cenário nacional uma nova vertente da viola caipira! A "Comitiva Esperança" de Paulo Simões e Almir Sater e "Trem do Pantanal" de Paulo Simões e do saudoso Geraldo Roca são obras emblemáticas, e selada no imaginário do povo brasileiro! E faz parte da minha música. Muita gratidão ao Almir Sater, Paulo Simões! O Almir e o Simões autorizaram o uso dessas obras sem cobrar nenhum valor por isso. Como mencionei, tenho observado que os grandes artistas, geralmente têm na mesma proporção, uma grande generosidade.

Blog do Alex Fraga - Quais são as cidades que irá mostrar esse show? Quais foram as dificuldades enfrentadas para levar seu som nessas cidades?

Marcos Assunção - A turnê começa em Dourados e segue para os municípios de Ponta Porã, Naviraí, Ivinhema, Ribas do Rio Pardo, Água Clara, Três Lagoas, Coxim, Aquidauana e duas apresentações em Campo Grande. A maior dificuldade foi no início da produção. Iríamos apresentar pelas unidades do Sesc do estado. Houve uma desistência dos gestores de levar para os polos pois estavam em reforma. Uma pena, que por força maior, perderam a oportunidade de oferecer 10 apresentações com um dos maiores percussionistas do Brasil com tudo pago pelo incentivo cultural. Tirando esse empecilho, foi muito fácil conseguir levar esse concerto. Todo gestor de cultura preparado e competente na sua função, não perde a oportunidade, por nada. Acredito muito no que disse Santo Agostinho que duas coisas movem o mundo e “boa vontade” e a “má vontade”, são sempre duas escolhas intransponíveis. Estão de parabéns todos os gestores que acolheram o "Viola e Batuque" com muito carinho, e visão da importância em proporcionar isso para seu município. Estamos honrados com a recepção e percebo a expectativa deles em conhecer o Marco Lobo, que é um grande percussionistas renomado e com uma experiência que precisa ser passado para as novas gerações.

Blog do Alex Fraga - Viola e Batuque tem previsão de ser levado fora do Mato Grosso do Sul já que tanto você como Marco Lobo são músicos reconhecidos...


Marcos Assunção - Sim. Estamos já estamos buscando os espaços culturais pelo Brasil e o mundo. Sinto que foi inaugurado uma nova fase do aprendizado e oportunidades. Sempre acreditei que Deus dá esse dom maravilhoso para nós para fazer nessa vida. Pode até ser algo que na maioria das vezes é considerado inútil pela sociedade, Manoel de Barros que o diga.... muitas foram as “vozes” contrárias, mais como tudo passa, e “o amor permanece “, e o que temos que fazer, é cuidar para manter aceso dentro do coração esse amor pelo ofício ao tocar um instrumento e entender que cada um é único, com uma música singular, e traz com sua arte algo valioso para o nosso mundo.

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Zégeral José Geraldo Ferreira
Zégeral José Geraldo Ferreira
02 ago 2023

Marcos Assunção, grande amigo, do qual sou fã incondicional. Uma pérola de nossa música, que merece e deve alçar voos internacionais com sua Arte. Exímio, perfeito, carismático! Uma honra poder ter compartilhado palcos com ele...

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