Carlos Magno Mieres Amarilha, historiador e poeta, doutor em Educação na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB); mestre em História pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD); presidente do Grupo Literário Arandu, Dourados-MS, é o entrevistado do Blog do Alex Fraga desta quarta-feira. Ele fala sobre política cultural, literatura, poesia e toda sua história com as letras. Ele é autor de diversos livros, inclusive um deles o ‘Bovinoletras’, que é exigido no vestibular da UEMS/2023.

Blog do Alex Fraga - Como a poesia e a literatura entrou em sua vida? Conte um pouco de sua história...
Carlos Magno Amarilha - Creio que os poetas fazem de suas palavras os sentimentos que sentem neles próprios, ou seja, do ser humano, nesse sentido, os poemas se identificam com os leitores, dando assim, algo de pertencimento. Por isso, a poesia de certa forma passa a ser nossa também, ao ler, igualmente sentimos a dor, a emoção, o choro e o riso, aquilo que nos toca, que faz a gente entender que no mundo existe algo maravilhoso e indivisível nas pessoas, na natureza, na política, na cidade e nos eventos populares. Os meus poemas não são produzidos apenas pela imaginação, mas com muito estudos técnicos, metodológicos, com suporte teórico, das regras, da história literária, em busca do aprimoramento, da beleza, do encantamento poético. As minhas primeiras leituras de poesia foram as escolares, dos livros didáticos, sempre havia poesias como atividades, leituras. Os primeiros escritores que lembro são Gonçalves Dias, Machado de Assis, Olavo Bilac, Castro Alves, Casimiro de Abreu, Álvares de Azevedo dentre outros que não me recordo, mas gostava de ficar lendo várias vezes os poemas que estavam nos livros didáticos. Os livros não didáticos como por exemplo, Monteiro Lobato, lia todos quando tinha oportunidade nas bibliotecas das escolas (estudei em cinco escolas até o final do ensino médio). No livro, ‘O rosto da rua e as interpeles no caminho’, faço algumas considerações sobre como comecei a escrever poesias: “Os primeiros poemas foram feitos escondidos, ninguém podia saber/não tinha coragem de /mostrar para alguém/apenas escrevia no caderno das matérias/desde a sexta série/ escola Capilé (estudava a noite e trabalhava na tipografia o dia inteiro, naquela época podia estudar com doze anos). Camuflado do meu pai, da minha irmã, do meu irmão. [...] A poesia é clandestina/guardada com sete chaves/no caderno da escola/longe dos professores e amigos [...] Aos16 anos meu caderno foi descoberto/mostrei para Altair Batista/ que disse ao ler: ‘- é isso’. [...] Passaram anos mais anos/o caderno me acompanhava/ escola no trabalho/na mochila da moda/moravam comigo. [...] Nicanor Coelho (o editor) pediu sem pestanejar ‘‘- me empresta seu caderno/para datilografar’’, como era maior de idade emprestei/ele publicou no jornal estudantil (jornal impresso no linotipo). [...] Não tinha explicação, a emoção/aprendi a humanizar os poemas/só confirmei /que a poesia/não podia ser clandestina/a libertei do privado/para o público’. [...]. Aos dezesseis anos conheci inúmeros poetas na minha cidade: Emmanuel Marinho, Joel Pizzini, Altair Batista, Boca Venâncio, David Espinosa, Gutemberg, Wilson, Benelli, Vander Verão, entre outros que a minha memória não lembra, nos meados dos anos de 1980, participei da UBE-MS, em São Paulo da Infâmia Literária. Os poemas de minha autoria sempre foram publicados em forma de coletâneas ou nos jornais, folder, varal de poesia. O primeiro livro foi em 2001, com o título ‘Poemático D+’. No meu segundo livro, “Salada Cultural: Poesia em 360 Graus”, faço breves considerações sobre o porquê publicar um livro, assim expresso: “Para responder a esta pergunta recorro a Sigmund Freud, que afirmou que ninguém escreve para ganhar fama ou para atingir a imortalidade. Para Freud escrevemos em primeiro lugar para satisfazer alguma coisa que se acha dentro de nós, não para as outras pessoas. Evidentemente, que quando os outros reconhecem os nossos esforços, de acordo com o autor, a satisfação interior aumenta, mas, mesmo assim escrevemos primeiramente para nós mesmos, seguindo um impulso que vem do íntimo. Escrevo por necessidade de expressar aquilo que vem do interior da gente, uma ideia que se transforma em letras, forma, luta, comida e remédio para a alma, uma forma de entretenimento. Mas o livro pronto é uma beleza indivisível, além de um alívio de consciência, pois os poemas não pertencem mais ao poeta, mas a todos os leitores que se apropriam da leitura”. Acredito na arte poética fazendo parte dos bens invisíveis da humanidade, que é a alma, a contemplação pela beleza, a indignação pela injustiça social, mas acima de tudo pelo entretenimento.
Blog do Alex Fraga - Como você vê o movimento literário no Mato Grosso do Sul? Os órgãos culturais no MS valorizam a literatura como deveriam?

Carlos Magno Amarilha - O movimento literário no Mato Grosso do Sul é cheio de idas e vindas, há inúmeras publicações de livros com textos literários publicados no estado. E não só de autores novos, que na maioria das vezes financiam seus próprios títulos com as editoras locais. Mas também por incentivos governamentais, via FIC, por entidades filantrópicas, Câmaras de Vereadores, prefeituras, Assembleia Legislativa, fundações de cultura municipal e estadual, universidades, ONGs, evidentemente, não vamos generalizar, existem municípios que não tem uma política cultural solidificada, nesse sentido, ainda precisamos conquistar e outras reconquistar. Na região da grande Dourados e da fronteira guarani houve uma produção razoável de livros nos últimos anos, mesmo assim é centralizada em algumas cidades polos, sendo que a maioria dos munícipios ainda é carente de publicações de seus autores. Entendo que a literatura é imprescindível para o engrandecimento da cultura sul-mato-grossense, pois a ‘Literatura’ é ao mesmo tempo, a pintura, a dança, o teatro, o cinema, o artesanato, as artes plásticas e as manifestações artísticas em todas as suas formas de expressão. As manifestações literárias sul-mato-grossenses são espaços para se ganhar e para ser conquistados, a todo o momento, a todo instante, a erudição é um patrimônio coletivo, a Literatura constitui um de seus aspectos mais importante, pois é ela que permite a continuidade e a transmissão dos conhecimentos de uma geração para outra, o que vale dizer a sobrevivência da própria cultura. Não existe especificamente uma literatura sul-mato-grossense ou de Mato Grosso do Sul, mas podemos afirmar com toda certeza, que há artistas que cantam o pantanal, o tereré, o índio, o ribeirinho, o cotidiano e os “costumes” desta região, que faz “lembrar”, “recordar”, “representar” no imaginário o território que constituí o estado de MS e as suas fronteiras. O que existe de fato são artistas que celebram a fauna e a flora, de uma região de homens fortes, valentes, destemidos, rodeados de águas claras, limpas, cristalinas, peixes em abundância, céu azul, campos, cerrados, terras de farturas, do boi e soja. Do mesmo modo, há artistas que cantam a miserabilidade das comunidades indígenas, das minorias, das crianças exploradas, dos desempregados, dos excluídos, da periferia, dos ribeirinhos, dos povos das águas e dos povos das florestas. Os artistas também são chamados e invocados para instituir, estabelecer e definir o que faz ou não parte de um todo chamado Mato Grosso do Sul.

O Estado de Mato Grosso do Sul é relativamente novo, mas a sua história pode ser considerada antiga, já que até 1943 o Estado de Mato Grosso abrangia os atuais Estados de Rondônia (RO), Mato Grosso (MT) e Mato Grosso do Sul (MS) e até 1977, o “velho” Mato Grosso, os atuais estados de MS e MT. A população do estado de Mato Grosso do Sul em parte são constituídos de indígenas, paraguaios, portugueses, árabes, japoneses, italianos, alemães, haitianos, venezuelanos, afrodescendentes e de muitos brasileiros oriundos de outros Estados como os paulistas, paranaenses, mineiros, gaúchos, nordestinos (pernambucanos, baianos, cearenses, sergipanos, alagoanos, paraibanos, maranhenses, piauienses, potiguarenses), catarinenses, goianos, mato-grossenses, sul-mato-grossenses, entre outros, ou seja, o “sul-mato-grossense” é heterogêneo, com inúmeras cores, hábitos, costumes e tradição. As contribuições culturais indígenas somaram-se à paraguaia, platina, andina, asiática, europeia, africana, do oriente médio e principalmente da brasileira, que, em si, reúne a pluralidade cultural. O movimento literário tem que comportar o território como um todo do estado, para que se possa de fato ‘sentir’, ‘ser’, ‘pertencer’, ‘existir veementemente’ o Mato Grosso do Sul. É importante que o estado de Mato Grosso do Sul tenha uma identidade própria, uma cor local, sobretudo as identidades ameaçadas de extinção pelo sistema capitalista, que impõe uma cultura homogênea global. Portanto, acredito na importância que um movimento literário possui enquanto poder para salvaguarda de uma sociedade plural em busca da utopia democrática. A literatura não é simples jogo ou auxiliar da filosofia, da moral, da política, da mídia. A literatura não é um brinquedo de contar histórias, mas o buscar e o encontrar, o fundamento como o existir se faz. A literatura não está subordinada a nenhum conhecimento e não é nem pode ser desvendada senão por si mesma. Poderíamos dizer que, a literatura constitui um campo simultaneamente simbólico e material das atividades humanas. A literatura não é do âmbito da Linguística, que é instância do visível, da mercadoria, do articulável, do manipulável, do social, do político, do discursivo, do escritural, do falável e do que circula; do teórico ou do prático; âmbito da cidade, da casa e do trabalho; mas a literatura é do âmbito da interioridade, da singularidade e do ser na medida do seu fundamento e igualmente do seu se manter e do seu se fazer. O movimento literário sul-mato-grossense é fundamental para incentivar a Conhecer e a Reconhecer a Literatura produzida em Mato Grosso do Sul, o que implica Descobrir ou Redescobrir os diversos grupos existentes que constituem a sociedade local, do qual se diferenciam de outros grupos de regiões diferentes do próprio Estado. Em MS há entidades atuantes, tanto entidades municipais como as estaduais, que promovem lançamentos de livros, saraus literários, encontros, feiras, cursos, em espaços culturais entre outras manifestações literárias.
Blog do Alex Fraga - Quais as dificuldades encontradas para se lançar um livro por uma editora em MS?
Carlos Magno Amarilha - Em primeiro lugar, a questão financeira, infelizmente publicar um livro não é barato. O mercado editorial quando se fala em “regional”, no caso específico de MS significa “poucas vendas”. São poucos os livros produzidos exclusivamente de autores de Mato Grosso do Sul, pelas editoras, por inúmeras razões, uma delas é que não há mercado suficiente para tanto investimento. Evidentemente, que há exceções, como o poeta Manoel de Barros que é conhecido internacionalmente e havia uma disputa entre as editoras para publicar suas obras, mas a maioria de autores de MS tem que correr atrás de editoras alternativas. Quero exaltar os heróis que publicam e editam livros em nosso estado, nadando contra a maré, mas que contribuem para a fomentação e publicação livros de autores locais.
Blog do Alex Fraga - O Grupo Arandu é a grande força literária de Dourados e interior do Estado. Nasceu como?

Carlos Magno Amarilha - Em Dourados temos entidades atuantes que promovem eventos literários como a Academia Douradense de Letras, Grupo Literário Arandu, Coletivo Arrebol, Academia de Letras do Brasil, além das universidades (UEMS, UFGD, UNIGRAN, ANHANGUERA), da Secretaria Municipal de Cultura, que sempre promovem eventos culturais com espaço para a literatura. Mas ainda é pouco! Vou enfatizar a minha militância na literatura, destaco, o Grupo Literário Arandu, fundado em Dourados no ano de 1997, é uma entidade de cunho cultural, que congrega escritores, artistas e intelectuais que visam contribuir para o desenvolvimento, cultural, científico e literário de Mato Grosso do Sul, desde a sua fundação realizou diversos eventos com o propósito de integrar os intelectuais, artistas, pesquisadores, com a escola, universidade e coletivos que realizavam eventos para serem publicados. Integram desde a sua constituição, escritores, artistas gráficos e intelectuais (pesquisadores, jornalistas, professores, profissionais liberais) dos quais publicam e produzem obras de suma importância para a ciência, especialmente para a literatura, artes, memórias sociais e ícones das identidades sul-mato-grossenses. O grupo douradense promove a troca de informações sobre a criação literária, sobre as técnicas, divulgações, originalidade, criatividade, pontos e contrapontos da expressão literária, artística e científica de Mato Grosso do Sul. Publicamos centenas de livros nesses 25 anos, especialmente de autores residentes no estado. O Grupo Literário Arandu organizou em 2015 o “I Prêmio Literário Livraria do Escritor 2015” em que participaram jovens escritores das Escolas das redes Municipal e Estadual de Dourados-MS e dos Distritos a trilhar no caminho da literatura. Importante ressaltar que a maioria dos participantes com obras nesta coletânea são crianças e adolescentes (8-16 anos), que foi reunida por meio do concurso organizado pelo Grupo Arandu. Realizamos nos anos de 2021 e 2022 a ‘Feira da Literatura de Mato Grosso do Sul (FELIT-MS)’ em parceria com Câmara Municipal de Dourados, que tem como objetivo principal a popularização e valorização do livro e da leitura de autores regionais, além de incentivar novos leitores de livros. Além de promover a leitura, a valorização do livro, da literatura nacional, do escritor local e regional; dar visibilidade à leitura e ao escritor regional, estimular e difundir a produção artística, literária, cultural, intelectual e editorial do estado; oferecer ao escritor regional a oportunidade de participar das sessões de autógrafos da feira; formar plateia para as atividades culturais. A FELIT também apresenta diversos gêneros às crianças pequenas, adolescentes e adultos, que são de fundamental importância para desenvolvimento do comportamento de leitores e do gosto pela literatura. Os assuntos vão de livros, a edição, publicação, editoração, ilustração, entre outros. A feira explora a importância da originalidade, gerando encontros diferenciados entre os escritores e o público. Possibilita conhecer e reconhecer os artistas locais, a produção cultural regional e a valorização da leitura literária. A FELIT-MS, realizada nos anos de 2021 e 2022, no prédio da Câmara Municipal de Dourados, com exposição de livros de autores regionais, lançamento de livros, sessão de autógrafos, contação de história, declamação de poesia e palestras sobre a literatura sul-mato-grossense, foi um evento significativo, de trocas entre artistas, de livros e de poesias e de suma importância para novos leitores e escritores, com a participação de crianças, adolescentes, jovens, que conheceram e reconheceram os escritores presentes em sessão de autógrafos. A publicação consecutiva da ‘Revista Arandu’ desde agosto de 1997, ou seja, há 25 anos, mostra que o grupo prima pela contínua publicação de trabalhos relevantes produzidos por pesquisadores, professores e estudantes de Mato Grosso do Sul, no intuito de aprimorar o diálogo entre os interessados e expor os resultados de suas pesquisas em diferentes espaços de suas respectivas áreas, como os encontros, jornadas científicas, simpósios, colóquios, congressos, fóruns, em programas de graduação, pós-graduação, grupos de pesquisa, núcleo de estudos, coletivos, entre outros. É muito importante valorizar e aprimorar cada vez mais o trabalho científico. O conhecimento de novas técnicas e de novos horizontes consegue dinamizar o mundo a reagir com novos paradigmas sociais. Quando mais técnicas são descobertas e acesso a elas, mais capacidade o indivíduo tem para desenvolver novas pesquisas, novos saberes e novas metodologias. A dinâmica do conhecimento no mundo depende de pesquisas e técnicas que vêm sendo estudadas para o desenvolvimento físico e intelectual da sociedade. A partir de novas pesquisas e novas técnicas, cientistas descobrem novos métodos de aprimoramentos essenciais para o desenvolvimento da vida e da sociedade. A ‘Revista Arandu’ é um importante veículo de aproximação entre diferentes pesquisadores em seus mais diversos níveis de formação. As publicações da Revista Arandu contribuem para facilitar os pesquisadores a continuarem na procura de novas fontes para seus objetos de pesquisas, bem como incentivar novas pesquisas, novos objetos, novos conceitos a serem estudados, revelados, investigados, aprimorados e divulgados.
Blog do Alex Fraga - Dourados tem a Feira Literária que em 2023 entra no seu terceiro ano. O que pensa em novidades para esse ano?
Carlos Magno Amarilha - A FELIT-MS alcançou seu objetivo principal que foi a popularização e valorização do livro, da leitura de autores regionais, de incentivar novos leitores de literatura, além de estimular a difundir a produção artística, literária, cultural, intelectual e editorial do estado. Ofereceu também ao escritor regional a oportunidade de participar das sessões de autógrafos da feira, fomentou a literatura junto aos alunos da educação básica (escolas municipais, estaduais e particulares de Dourados-MS). Promoveu o intercâmbio cultural entre todos os segmentos envolvidos no evento e divulgou ícones de pertencimento das identidades sul-mato-grossenses. Estima-se que pelo menos 300 pessoas, por período (matutino, vespertino e noturno), pararam para conferir algum dos livros apresentados durante o evento. E, assistiram as apresentações culturais, declamação de poesias, lançamento de livros e sessão de autógrafos. Esperamos solidificar este projeto para que aconteça todos os anos, ou seja uma política de estado.
Blog do Alex Fraga - O que esperamos de obras do escritor e poeta Carlos Magno Amarilha esse ano? Projetos? Livros? Palestras?
Carlos Magno Amarilha - Foi uma grata surpresa um dos meus livros constar como leitura obrigatório do vestibular da UEMS/2023. Palestras sobre o livro ‘Bovinoletras’, que é exigido no vestibular da UEMS/2023. Estou lançando este ano a segunda edição do livro, “Salada cultural: poesia em 360 graus”, livro físico e digital; Lançamento de livros organizados pelo Grupo Literário Arandu em Dourados, Campo Grande e Naviraí, a realização da III Feira da Literatura de Mato Grosso do Sul’ (FELIT-MS) em Dourados e a III Jornada Científica Arandu em Naviraí.
Não existe especificamente uma literatura sul-mato-grossense ou de Mato Grosso do Sul, mas podemos afirmar com toda certeza, que há artistas que cantam o pantanal, o tereré, o índio, o ribeirinho, o cotidiano e os “costumes” desta região, que faz “lembrar”, “recordar”, “representar” no imaginário o território que constituí o estado de MS e as suas fronteiras. O que existe de fato são artistas que celebram a fauna e a flora, de uma região de homens fortes, valentes, destemidos, rodeados de águas claras, limpas, cristalinas, peixes em abundância, céu azul, campos, cerrados, terras de farturas, do boi e soja. Do mesmo modo, há artistas que cantam a miserabilidade das comunidades indígenas, das minorias, das crianças exploradas, dos desempregados, dos excluídos…
Excelente entrevista, tem apresentado brilhante trabalho a nossa sociedade.Parabéns
Entrevista excelente!! A eratura é do âmbito da interioridade, da singularidade e do ser na medida do seu fundamento e igualmente do seu se manter e do seu se fazer.
O movimento literário sul-mato-grossense é fundamental para incentivar a Conhecer e a Reconhecer a Literatura produzida em Mato Grosso do Sul, o que implica Descobrir ou Redescobrir os diversos grupos existentes que constituem a sociedade local, do qual se diferenciam de outros grupos de regiões diferentes do próprio Estado
A literatura não é simples jogo ou auxiliar da filosofia, da moral, da política, da mídia. A literatura não é um brinquedo de contar histórias, mas o buscar e o encontrar, o fundamento como o existir se faz