*** Fotos: Francielle Grott/CMD*** - - -
A FELIT - Feira Literária de Mato Grosso do Sul que está sendo realizada em Dourados (MS) além de palestras, lançamentos de livros, declamações, artes plásticas, música, coral e outros tipos de manifestações artísticas, mostrou-se também preocupada com a nação indígena. Assim deu espaço para o Coletivo de Teatro Guarani Kaiowá nhande nhe'e soltar sua voz e mostrar situações críticas através do teatro indígena. Jovens da ripo guarani subiram ao palco da Câmara Municipal de contaram a suas dores, das mortes e dos dramas que passam todos os dias em terras sul-mato-grossenses.
Dirigida pela primeira acadêmica indígena que está se formando nesta sexta-feira, Jadi Ribeiro, conta no teatro parte dos assassinatos de amigos e famílias. Um por um os jovens falam de suas mágoas e dores. Ao final do espetáculo, mostram uma faixa com uma frase significativa: "Marco Temporal é Genocídio". Não precisaram de mais de 10 minutos para mostrar a preocupação com relação a situações que enfrentam em suas terras.
O teatro indígena na realidade é uma confrontação da ideia de corpo imaginado na cultura colonial, que não se envolve com a terra. É necessário que todos acreditem na importância da presença indígena em todos os espaços das artes, como um modo de reforçar a desconstrução de parâmetros coloniais tão arraigados nas instituições ocidentais e como oportunidade de vivenciar a troca de saberes na diversidade.
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