Quarta edição do Festival Sarau Cidadania e Cultura no Parque acontece no domingo (24), das 16h às 20h, no Parque das Nações Indígenas
** Aline Lira**
Da periferia para o centro de Campo Grande. É a cultura de rua que, neste domingo (24), marca presença no Festival Sarau Cidadania e Cultura no Parque com muito rap e grafiti - esse último com criação ao vivo. E, para quem curte outros estilos, também, tem espaço para o rock, reggae, MPB, blues e o pop, ou seja, não vai faltar opções para aproveitar o fim de semana no Parque das Nações Indígenas. Isso porque a programação inclui até exposição de espécies de plantas carnívoras..
O evento é gratuito e acontece das 16h às 20h. “A ideia é ser esse grande encontro, onde a família sul-mato-grossense vai ao parque e já aproveita para conhecer o que a classe artística tem produzido no Estado. São apresentações no palco e exposições nos estantes, tudo para mostrar o quanto de diversidade cultural há por aqui”, destaca o secretário de Estado de Cidadania e Cultura (Secic), Eduardo Romero.
Talentos da nossa terra Para quem é do movimento hip hop, o momento é oportuno para quebrar paradigmas. “Tem muita gente que não conhece a fundo a cultura urbana. Daí a importância de projetos assim que tem, também, essa função de espelho para aquela criançada da periferia que muitas das vezes não vê os artistas da sua comunidade em eventos centrais, bonitos da cidade”, lembra o Rapper Amém que aprova a iniciativa. “O rap é a música da cultura hip hop e, com certeza, estamos conquistando espaço. Embora, nas periferias, estamos em movimento, sempre tem alguém fazendo ação social através do Hip Hop”. No grafitti, o convite será a interação. É que, além de pintar ao ar livre, o artista Liws Corpes, da cidade de Maracaju, estará no Sarau do Parque com uma proposta sensitiva. Algo que ele até adiantou um pouco, em forma de spoiler. “Pretendo trabalhar com algo bem natural da terra, que representa não só o pantanal sul-mato-grossense. Dentro disso, vou contar com a participação do público para dar um toque sentimental à arte. Não posso contar tudo, mas, será uma experiência da construção da arte” Carreira Outro que vem de fora, do município de Rio Verde de Mato Grosso, é o músico de Pop Rock, Leydione, que se mostra bastante animado com a programação. “As minhas apresentações em Campo Grande foram bem limitadas em quantidade, geralmente, mais em eventos fechados. O Sarau no Parque é maravilhoso porque para quem vem batalhando como eu, que trago uma roupagem diferente dos estilos mais ouvidos no interior, é um momento excelente de oportunidades e expansão do trabalho”. Ainda no universo musical, a cantora Bia Blanc promete uma viagem à raiz do Blues com um diferencial: letras em português. Ela traz músicas de sua primeira turnê aos arredores do Deserto do Atacama e mescla a cromoterapia, frequência e ondulação sonora, com tempero da América Latina. “O público pode esperar o melhor do blues e, em português, algo que fiz questão. Além de releituras de grandes nomes que influenciaram a minha carreira”, pontua a artista que tem se dedicado a retomar os trabalhos presenciais após o distanciamento social provocado pela pandemia (Covid-19). “O Sarau no Parque apoia esse retorno da cultura, um dos setores mais abalados no período de lockdown”.
Programa para todo os estilos
Por falar em encontros presenciais, o que não falta é motivo para sair de casa e ir ao Parque das Nações. Isso porque a programação do evento está repleta de atrações. No palco, também são aguardados artistas que vão do reggae, como Rocker Sound System, à MPB, com Angelique, e à percussão, de Gustavo Villarinho. A dança será bem representada por Grupo Dandaras e Zari Escola do Movimento. Além da performance cômica, de Iago Moraes, e a cultura popular, com Edu Brincantes.
Nos estandes o que também não falta é talento e criatividade. Aos amantes da literatura tem Rafiusk Sebo Itinerante e aos chamados “pais e mães de plantas” tem ainda uma exposição que vai de orquídeas até o curioso universo das plantas carnívoras, com Diego Marques.
“Poucas pessoas conhecem as plantas carnívoras e, na Capital, há poucos lugares que fazem o cultivo e a comercialização. Logo, é uma espécie que aguça muito a curiosidade do público. Mas, bem mais que isso, o estande vem para a troca de saberes, considerando que o mercado no Brasil voltado ao setor tem crescido muito”, explica o produtor Diego.
E a programação não para por aí. Tem também espaço para o audiovisual, com Daniel Felipe Monteiro; a moda e design, com a marca Bang Wear - essa que também representa a cultura urbana e o estilo hip hop; o artesanato, com o Coletivo Mulheres Negras de MS; as artes plásticas sendo representada nos trabalhos de Regiane Spolon, e o Labirinto Cultural - Artistas da Terra (UCDB/Pesquisa). Há ainda um local destinado às crianças, com brincadeiras e arte, sob coordenação do bailarino Marcos André e, claro, a cultura indígena, com exposições de peças criadas por diversas etnias do Estado.
Aos apreciadores de uma boa gastronomia tem a praça de alimentação, com Instituição Cultural Raízes e Associação Movimento Mãe Águia. Esta é a quarta edição do Sarau no Parque. Uma última rodada do evento, no Parque das Nações Indígenas, está marcada para o dia 31 de julho. De lá, o projeto segue uma rota itinerante para outros parques da Capital.
Serviço
Festival Sarau de Cidadania e Cultura no Parque
Data: 24 de julho (domingo)
Horário: 16h às 20h
Local: Parque das Nações Indígenas - Campo Grande
Entrada gratuita
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