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  • Foto do escritorAlex Fraga

Crítica/Teatro - Sarcasmo, ironia e acidez arrancam gargalhadas no Glauce Rocha!

Peça com Vera Fischer, Larissa Maciel e Mouhamed Harfouch agradou a todos !

O poeta Carlos Drummond de Andrade disse um dia que: "Ir ao teatro é como ir à vida sem nos comprometer". Quem esteve no último fim de semana no Teatro Glauce Rocha, em Campo Grande (MS) assistindo a peça "Quando eu for mãe, quero amar desse jeito", saiu assim: leve, livre, pensativo (às vezes) e com muitas gargalhadas com três grandes atores: Vera Fischer, Mouhamed Hardouch e Larissa Maciel. Aliás, o texto de Eduardo Bakr é um deleite à parte ao abordar, sem delongas, a famosa briga entre sogra e nora. Uma peça que marcou o retorno dos grandes eventos teatrais na cidade após o período crítico da pandemia da Covid. O público lotou praticamente as dependências do teatro no sábado e domingo, no entanto, algo que deu para notar claramente é que infelizmente foram poucas as pessoas que estavam usando máscaras. Não foi falta de aviso dos produtores do espetáculo. Agora é uma questão de consciência de cada um que for assistir um evento, já que a pandemia ainda não acabou. Mas, sobre a peça, os atores deram uma verdadeira aula no palco: Hardouch que interpretou o filho Lauro, da mãe extremamente "cuidadosa", Dulce Carmona, interpretada por Vera Fischer, arrancou muitas gargalhadas do público presente, com um humor até corporal fantástico. Larissa Maciel, interpretando Gardência, com quem iria casar com o filho pararicado - humor coloquial e irônico maravilhoso. E Vera Fischer? É óbvio que todos que estavam no teatro foram basicamente para vê-la. Aos 70 anos, a atriz continua bela e fantástica. Voz firme, impetuosa e de um domínio de palco que só os grandes atores sabem fazer. Uma peça para se fazer rir, mas também refletir sobre o papel de mãe, com os seus cuidados, além dos "cuidados" máximos. O cenário com detalhes interessantes e belos. Cuidado extremo. Os figurinos marcantes eriqueceram a trama e ajudaram muito na composição dos personagens. Um luxo só. No início, pequenos problemas no som dos microfones sem fio, mas que foram solucionados posteriormente. Uma peça que sem dúvida alguma valeu a pena assistir pelo tema que será sempre atual, pois amor de mãe, como a escritora paulista Edna Frigato define, é : "Simples, exato, incomparável, inenarrável, incondicional, imensurável, e o único que atravessa as portas do infinito e se eterniza no pergaminho inviolável do tempo como poema divinal". Mais uma vez Pedro Silva Promoções e Jamelão acertaram no alvo e o público campo-grandense agradece!

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