Critica - Magê faz público dançar e cantar em show performático!

"Você não precisa me entender, basta me amar. Se não me amar basta me aceitar:", Essa frase de Rita Lee pode definir um pouco do que foi o show "Rita Proibida" da cantora e atriz Magê, realizado no última sábado na Cervejaria Canalhas. Descrevo isso logo de início, pois apesar dela levar um bom público no show, algumas pessoas em Campo Grande parecem que não entendem o que é assistir um show e se divertir com felicidade. É extremamente desagradável uma artista que prepara um espetáculo com músicas especiais da rainha do rock com tanto carinho, e escutar várias pessoas conversando e dando risadas como estivessem em um boteco de calçada, apenas para conversar e beber cerveja. Deu para notar claramente o incômodo de Magê quando em um determinado momento, tocando violão sozinha a canção da época dos Mutantes, "Balada de um louco", quando teve que parar e pular para uma outra. Lamentável. Mas, o que se pode escrever do show em si? Ela determinada em mostrar as canções proibidas de Rita Lee, subiu ao palco com músicos de qualidade: Gabriel De Andrade, (guitarra), Nini de Castro (bateria) e Israel Farias (baixo) juntos deram toda a base necessária para que ela mostrasse seu potencial, apesar que o som inicialmente não estava ajudando muito. Nas primeiras canções a própria voz de Magê estava inaudível, no entanto, por cantar hits de Rita Lee, o público cantou com a artista. Mas, com o passar do tempo e alguns ajustes no som, melhorou. O espaço novo da Canalhas é extremamente interessante e belo, mas é necessário que os proprietários se preocupem também som, a sonorização em si e a acústica. O trabalho performático de Magê foi um destaque a parte. Por ser atriz, facilitou em tudo e principalmente a interação com o público. Assim, ela viajou por inúmeras canções conhecidas, como Doce Vampiro, Ovelha Negra (contou sobre um documentário que fez com presidiárias), Caso Sério (com a participação do irmão Jonavo), Nem Lixo, Nem Luxo (nesta música apenas um detalhe que passou batido - a letra composta em um certo momento diz "Não acredito em nada, não. Até duvido da fé". Mas, Rita Lee mudou em seus shows e por mais de 10 anos começou a cantar: "Não acredito em nada, não. Só não duvido da fé"). Talvez já pensando em seu problema de saúde. Mania de Você, Papai Me Empresta o Carro, Banho de Espuma e outras mais. Mas valeu e muito ouvir essas e mais outras lindas músicas que Rita Lee deixou em seu impecável repertório através da Magê que me surpreendeu com a perfomance em palco. Fez um show agradável e saudosista para um público que lotou as dependências da Cervejaria Canalhas. Gostei e iria novamente!