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Foto do escritorAlex Fraga

Crítica – Whisky de Segunda e Rick Bergamo encantam público!


Quando escrevo que os músicos Robson Pereira (vocal), Jefferson Pasa (guitarra), Cauê Fava (baixo), Carlos Henrique (bateria) e Eric Phill (teclado) são especiais, não é à toa. Mais uma vez eles subiram no palco na última sexta-feira no Sesc Morada dos Baís e mostraram que a Whisky de Segunda, sem dúvida alguma, é hoje uma das principais bandas de blues do país. Exagero? Absolutamente não!. Casa lotada, com um repertório fino e interessante, mesclando músicas autorais e releituras de grandes feras desse ritmo que a maioria que ouve, simplesmente fica com o coração aquecido. Pontualmente a banda subiu ao palco tocando a bela “All Your Love” (John Mayall), seguindo de “Six Days in Prision”, um trabalho autoral da banda e que mostra a sensibilidade e entrosamento dos músicos. Em seguida seguiram a viagem musical com “Rock Me Baby” do grande BB King e “Lonely Man”, “Ask Me No Questions” e outra bela composição autoral e conhecida “Crazy Girl”. Vieram “Double Trouble”e “My Soul Wants To Be Free” outra linda autoral. Uma das surpresas maravilhosas e agradáveis foi a participação especial em várias canções, do músico Rick Bergamo que deu uma verdadeira aula de gaita de boca e preencheu ainda mais o som da Whisky. Subiu e acompanhou a“The Blues Had A Baby”, de Muddy Waters, “Flamin Manie”, “My Baby”, I’m Ready”,”Walking Truth Park”, “Killing Floor”, “Mojo Working” e “Manish Boy”, outra do grande Muddy. Apesar de Rick Bergamo ter se apresentado em vários locais e sempre mostrando seu trabalho talentoso, o vi tocar rapidamente uma canção faz algum tempo. Na gaita, Bergamo lembrou-me na Morada dos Baís grandes mestres como Júlio Ferraz, Little Walter, Junior Wells, John Mayall e até mesmo o genial Paulo Butterfield. Um músico singular e que deve ser mais valorizado no meio musical sul-mato-grossense. A sua apresentação especial no show da Whisky de Segunda foi brilhante, com solos, criando ritmos empolgantes e que levaram o público ao delírio. Sua interação com todos os músicos com certeza fez do show algo mais intimista entre eles. Assim a Whisky de Segunda foi terminando o seu show, onde mais uma surpresa ocorreu, quando saindo dos seus “padrões“ musicais tocou Let In Be, dos Beatles. O vocalista Robson Pereira foi ao público e homenageou algumas mulheres, distribuindo rosas. Não deixando para trás, o grande guitarrista Jefferson Pasa “passeou” pelo público com solos únicos. Um espetáculo a parte. Por fim, A Whisky de Segunda finalizou seu grande show com outra autoral, “From Campo Grande To Chicago” e depois “Whisky”s Boogie” encerrando com inesquecível “ Feel So Good”. Show marcante! Quem não foi perdeu e muito!

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