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Crítica/Show - Alzira E revive passado e encanta público no Sesc Cultura

  • Foto do escritor: Alex Fraga
    Alex Fraga
  • 24 de set. de 2022
  • 3 min de leitura

Fotos: Valentim Manieri


Quem teve a oportunidade de assistir o show da cantora, compositora e instrumentista Alzira E no Sesc Cultura em Campo Grande na útima quarta-feira (22), pode sentir a força dessa artista que é sem dúvida alguma é uma das mais importantes nascida no Mato Grosso do Sul. Ela fez uma analogia entre o tempo e sua caminhada nesses 47 anos de carreira. Iniciou sua musicalidade em voz cantando em capela ao meio do público a sua primeira composição feita aos 8 anos de idade juntamente sua irmã Tetê Espíndola chamada Aa vaa cama. A voz ecoando aos ouvidos dos presentes. Depois ao violão cantou Rio Vermelho, poema de Cora Coralina musicado por ela. Brrincou e disse que tinha uma parceria com a poeta goiana. Todos puderam sentir que Alzira E começava a fazer um show com seu tempo e palavras. Explicou cada canção composta, a história de sua construção. Falou de parcerias que a influenciou em sua estrada, como a música "Norte", felita com o paulistano Itamar Assumpção - "suas viagens sejam no norte, sul ou leste". Chegou com a poeta Alice Ruiz e a bela Milágrimas - "Em caso de dor ponha gelo/Mude como modelo/Vá ao cinema dê sorriso/Ainda que amarelo, esqueça seu cotovelo". Assim em sua cantoria, chegou aos anos 80 e 90 - falando das dificuldades em sobreviver em São Paulo com suas quatros crianças. Seus parceiros notáveis e filhos - amizade dos filhos de Alice, Itamar e ela, nascendo assim a música Para Elas (parceira com Alice Ruiz). Caminhando na musicalidade poética nos anos 2000 entrou em sua vida o cantor Nei Matogrosso que gravou sua primeira canção: Existem Coisas na Vida. Falou do encanto que tem pelo artista e explicou imediatamente após a intervenção de uma rapaz que gritou: Nei Matogrosso "do Sul". Ela respondeu: "É Matogrosso sim.. vem de família, o pai dele tem esse nome", arrancando risadas do público e calando o até então desinformado. Aliás, o nome do pai de Nei é Antônio Matogrosso Pereira. Seguiu em sua viagem de parcerias. Nesse bate-papo musical, falou em inspiração - da felicidade de ter nascido em uma familia de artistas, como Humberto, Geraldo, Tetê, Celito e Jerry. Aí hamou Jerry e cantou a bela Azeite (parceria com Itamar Assumpção), uma das mais belas de seu vasto repertório autoral. Em seguida veio o mestre Geraldo Espíndola (ao piano) com finalmente, outra parceira com Itamar e Paulo Salles. Uma apresentação mágica e flutuante que arrancou aplausos diversos de todos. Para não deixar de lado, cantou a polca rock de Jerry e Ciro Pinheiro, a conhecida Colisão. Uma verdadeira festa. Alzira voltou a falar de família e citou Valquiria Espíndola que estava a assistindo. Brincou e disse que estava se sentindo muito importante, pois era uma mulher compositora e cantando no prédio do Exército. Foi assim que Alzira E começou a encerrar com a canção: O que é que fiz de mal. O público cantou o refrão por várias vezes... Teve o tracional bis... Voltou com Sei dos Caminhos (Alice Ruiz e Itamar Assumpção)... Um show impecável. Uma pena e um verdadeiro crime foi deixar uma artista como Alzira E ter que cantar em um espaço tão pequeno com lotação máxima em 72 pessoas. Muita gente ficou de fora. Os promotores erraram e muito mais uma vez. Necessário ter cuidado e carinho com os artistas e o público. Alzira E mostrou que um ícone da música sul-mato-grossense. Amei!









 
 
 

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