Uns poderiam dizer que seria uma ousadia louca um músico escolher uma segunda-feira, dia de seu aniversário para fazer uma live com seu violão cantando e tocando canções de Chico Buarque? Absolutamente não! Lincoln de Oliveira, um artista que ao completar seus 52 anos mostra assim que acredita na qualidade do que existe de melhor na Música Popular Brasileira. No Estudio Vozes, do músico Odon Nacasato, ontem (6) deu um grande presente para todos aqueles que assistiram as pérolas brilhantes das composições daquele que é para muitos, um dos gênios da música brasileira. O próprio Chico já disse: “As pessoas têm medo de mudança. Eu tenho medo de que as coisas nunca mudem”. Lincoln Oliveira esteve sumido por uns tempos do cenário musical sul-mato-grossense, mas não teme mudanças. Andou por aí, mas com certeza sempre mostrando o que há de melhor em interpretações e que nos faz lembrar que vale muito a pena ouvir “suavidade”. Nessa live cantando Chico, Lincoln entrou nesse mundo especial com “Vitrines”, que segundo ele próprio foi uma das primeiras músicas que aprendeu a tocar. Assim veio com “Samba do grande amor”, aliás, é outra preferida dele. Prosseguindo com toda sensibilidade e até mesmo emotivo, seguiu com outras belas, como “Eu te amo”, “Suburbano Coração”, “Mil perdões”, “Olhos nos olhos”, “Deixa a menina” e a bela “Gente humilde”. O interessante é que nesse bate-papo musical, Lincoln Oliveira falou que Chico Buarque faz todos “sofrerem” para tocar suas canções justamente pelas dificuldades harmônicas. Mas é aquilo, um músico de bom gosto, com certeza é um artista diferenciado e sempre fará o melhor possível para aperfeiçoar seu trabalho. E foi viajando com Chico em “Tantas Palavras” e como não poderia faltar, fez duas das mais conhecidas do artista, “João e Maria” e “Trocando em miúdos”. Com a emoção a flor da pele, pois cada instante que tocava lembrava o início de sua carreira musical. Lincoln partiu assim como outras fantásticas, como “Tatuagem”, “A mais bonita” que foi gravada em conjunto com Bebel Gilberto, e depois a conhecidíssima “Homenagem ao malandro”, que segundo o artista, o músico Paulo Ge que deu “uns toques” especiais musicalmente. Por fim muito emocionado, encerrou sua primeira live com outro clássico,“O meu amor”. Lincoln emocionou-se e emocionou. É extramente agradável ouvir um artista que sempre prezou pela qualidade musical!
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