
O chamado por muitos como "humor negro" de uns anos para cá começou a ter um espaço maior no Brasil. Sabendo disso e que poderia render muito dinheiro, alguns humoristas, principalmente da turma considerada "mais nova na arte de rir", apostaram e apostam em ofensas diretas (sem ligar para processos - até se orgulham disso). Um dos exemplos nesta "arte" e que esteve no último sábado no Palácio Popular da Cultura, em Campo Grande - MS, com seu "Stand-Up" - Danilo Gentilli. É aquela coisa, independente de grande parte não gostar das coisas que ele diz em suas apresentações, existe uma camada de pessoas que adora o cara. Essa "adoração" foi comprovada com o Palácio completamente lotado. Platão já dizia que "a arte é a reprodução do mundo, que por sua vez, é a representação de ideias no mundo manifesto e por isso a arte distancia da realidade e consequentemente do belo. Gentilli fez o que há algum tempo vem fazendo porque sabe que esse tipo de humor é rentável para ele. Os 117 processos que ele mesmo disse que sua apresentação (e pelo jeito adora bater nessa tecla como se foi mais uma piada), é também um modo de arrancar gargalhadas das pessoas. Exemplo? Acho que cada um sabe onde pode chegar e até quando a "rentabilidade" dessas piadas consideradas sujas, homofóbicas e preconceituosas pode continuar engordando sua conta bancária. Público tem e vai ouvir e rir quem acha que é certo. Grande parte do público que esteve assistindo sua apresentação em Campo Grande gostou - outra não e se retirou após ter dito que iria falar mais um pouco. Mas é aquilo, nem sempre um humorista, principalmente quando ele segue a linha considerada mais radical, seja humanista, politica ou contra princípios impostos, irá agradar "gregos e sul-mato-grossenses". A democracia é isso ! Dizer que eu ri muito, estaria mentindo e sendo irônico como ele foi !
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Há quem produza humor com requinte. Há quem produza (r)umor requentado. É o caso do (mal)dito piadista.