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Crítica – Guilé tem um som diferenciado e refinado de extremo bom gosto!

  • Foto do escritor: Alex Fraga
    Alex Fraga
  • 9 de jan. de 2021
  • 2 min de leitura

Quando ouvi a música “Sol na Cara (O Leme que te Guia)”, do mineiro e agora sul-mato-grossense Guilé, pensei imediatamente: por que esse músico não está sendo reconhecido nos grandes centros como São Paulo, Rio de Janeiro ou mesmo Curitiba e Porto Alegre? Outros podem dizer que desmereço assim o Mato Grosso do Sul... Absolutamente não. É que a visibilidade é maior e a valorização também. Mas procurei e fui conhecer outras canções para que não tivesse a empolgação de ser uma pessoa que gostou de uma música e fez elogios demasiados do artista. Por ser um músico mostrando um trabalho autoral, naturalmente uma pesquisa sonora através do youtube era uma maneira de avaliar o trabalho dele – seja um cantor e compositor de uma canção apenas como existem muitos por aí, como por outro lado, descobrir alguém que acredita na sua sensibilidade e principalmente em um trabalho de excelência. E nessa segunda opinião é que fiquei após ouvir o EP intitulado “Respiro” e complementando com o álbum “Até que a chuva apague o medo”. É como a escritora americana Diana Gabaldon disse: “Qualquer boa música é na essência uma canção de amor. A libélula no âmbar”. As canções autorais de Guilé dão esse rumo suave e belo de como se fazer música de qualidade, saindo da mesmice de alguns músicos ainda o fazem e que relembram outros de renome nacional. “Mundo Doente”, por exemplo, mostra essa essência que se encaixa o que vivemos hoje: “Tá tudo fechado/ Mal consigo respirar/ O céu está escuro/ O dia parece não chegar/ E veio um retrato de um tempo que eu só ouvi dizer/ Nos livros de história/ Aquilo que nuca mais vai acontecer/Pode crer/ Que o mal cresce/ E a gente ne vê/ Pode crer/ Mundo gira/ Cê vai ver/ Mundo doente/ Uma farmácia em cada esquina/ Mundo doente/ Notícia falsa contamina/ Mundo doente/ Fecharam todas as padarias/ Mundo doente/ Evolução em pandemia/ Eu vejo a cidade e ninguém parece se importar/ Nas ruas carros/ Todo mundo nega/ O “se isolar”/ Como é que pode alguém achar tudo isso tão normal?/ A vida em perigo sempre às custas do capital/ Pode crer/ O ego cresce/ E a gente nem vê/ Pode crer/ Mas a cura vêm/ Cê vai ver. Assim ele dá esse recado direto e que merece toda a atenção. Musicalmente e poeticamente fantástica a música. Outras como “Não venha me endireitar”, “Presença no Olhar”, “Amanheço”, “Vai ficar tudo bem”. Na música “Anja” que também está no álbum “Até que a chuva apague o medo”, muita suavidade com seu acústico impecável – voz e violão em casamento puro. “Samba do Mato”, Guilé mostra mais uma vez que é um músico diferenciado, e faz um samba onde cita o Mato Grosso do Sul com uma crítica muito inteligente. Ouvir Guiné é sem dúvida ter bom gosto musical.. Vale a pena conferir suas canções em todas as plataformas digitais...recomendo!




 
 
 

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