Crítica - "Entre Guitarras" mostra qualidade Musical ímpar de Gilson Espíndola!
- Alex Fraga
- 3 de nov. de 2021
- 2 min de leitura
Show de Gilson Espíndola "Entre Guitarras" na Concha Acústica acompanhado de Ton Alves e Gabriel de Andrade mostrou qualidade musical e sensibilidade do artista.
(Fotos: Daniel Reino)

Sabemos que quando uma pessoa decide praticar uma arte, antes de tudo é necessário que ela sempre ciente que isso se assemelhará a participar de uma grande decisão, pois toda arte envolve seus desafios e riscos. O músico, cantor e compositor Gilson Espíndola mostrou mais uma vez que sempre está se reinventando com seus sons, tons em seus shows. Um inquieto para ser dito. Em sua apresentação no "Som da Concha" realizado no último sábado, apresentou "Entre Guitarras", um show diferenciado acompanhado de dois dos melhores músicos do Mato Grosso do Sul: Ton Alves e Gabriel de Andrade em suas guitarras. Ao meio, Gilson com seu companheiro violão e releituras de canções de artistas regionais que o influenciou em sua carreira como Paulo Simões, Tetê, Celito e Geraldo Espíndola, além é claro com suas músicas autorais, mas com arranjos diferenciados. Assim abriu com "Amor e Guavira" de Tetê Espíndola e Carlos Rennó, seguindo com a conhecida e linda "Espelho Deslizante", de Paulo SImões, Celito e Guilherme Rondon com arranjos fantásticos. Até explicou que normalmente preferiu trabalhar com o dito compasso musical ternário, que é usual em canções do Estado, justamente pela combinação de três tempos, sendo que o primeiro deles é forte e os dois seguintes fracos. Os instrumentos vibraram e a letra se tornou ainda mais viva. Tocou "Minha Linda, Minha Bela", de sua autoria e uma das mais conhecidas de seu repertório. Uma versão interessantíssima, pois mesclou um ritmo até jazzístico por parte de Gabriel de Andrade combinado com um tipo bossa de Ton Alves. Um casamento lindo. Continuou com sua viagem musical com "Nos trilhos de minha cidade", uma parceria com Pedro Ortale. Porém não poderia deixar de faltar a canção em parceria com Alexandre Saad, "Madre Canaã", talvez uma das mais lindas canções registradas no Mato Grosso do Sul. Três canções em parceria com o pernambucano Gilvandro Filho mostraram a capacidade técnica e de sair da tal zona de conformou regional: "Isa contra as ondas", que lembra as canções "praineiras" de Dorival Caymmi e também do afoxé do baiano Gerônimo. "À Vera" e "Tempos de Paz" vieram em seguida. Gilson encerrou seu belo show com "Na Catarata" de Alzira E e Carlos Rennó, muito conhecida da época de Tetê e o Lírio Selvagem e "Tudo azul" do criativo e indiscutível Antonio Porto.
Fotos: Daniel Reino
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