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Crítica - Curta de diretora douradense mostra os desafios de produzir arte!

  • Foto do escritor: Alex Fraga
    Alex Fraga
  • 11 de dez. de 2024
  • 3 min de leitura

O curta metragem documental "Os bastidores da produção cultural independente no município de Dourados (MS)", da diretora, roteirista e produtora douradense Stheffany Castelli é uma mostra real das dificuldades enfrentadas pelos artistas na cidade, mas também serve como uma verdadeira denúncia sobre os problemas que normalmente os que levam a arte para o povo passam. Uma visão interessante que coloca os bastidores da música, teatro e dança, desde a procura atenta da leitura de um edital (ponto a ponto), até o produto final com apresentação e o derradeiro prazer de ter cumprido mais uma missão para a dita cultura popular. Mas, isso não seria possível caso não tivesse a Lei Paulo Gustavo que prevê estímulos à participação e ao protagonismo aos que não têm condições para realizar produções. Esse curta que inicia mostrando o trabalho realizado no "Baile das Pretas", em cena principal, a cantora SoulRa que em entrevista diz como ocorre fazer um trabalho sem saber se dará certo ou não. Mas, todos sabem que é ter sempre o pensamento em acreditar a cada passo nessa estrada cultural. As imagens mostram tudo: detalhes na preocupação, como também o alívio da alegria e os sorrisos das pessoas presentes. Outro momento interessante nessa produção é quando mostra o Coletivo Orendive Teatro Intercultural. Bastidores do ensaio da peça "Era uma vez en la fronteira" que capta a vontade de cada um desses verdadeiros heróis em manter a arte do teatro viva, mesmo morando fora da capital sul-mato-grossense. Mas o que importa isso? Aliás, essa comparação entre capital e interior é pensamento apenas de mentes inferiores. A boa arte independe do número de habitantes. É aquilo, como Friedrich Nietzsche disse: "Temos a arte para não morrer da verdade". O resultado final foi captado na apresentação em Campo Grande no Boca de Cena e reverenciado pelo público presente. Também as outras captações e entrevistas, como do musical "O Rei Leão"- dia antes de sua estreia e o acompanhamento final, mostrou a preocupação da diretora Stheffany Castelli em trazer para o público, que fazer arte sem recursos, não é nada fácil. O amor rompe todas essas barreiras. Nas entrevistas, tanto a dançarina, diretora e produtora Jacyene Brasileiro, o artista, diretor e produtor Tarik, como o próprio DJ Rodrigo, que é músico, técnico de som e iluminador, são de opiniões praticamente iguais, ou seja, que é de fundamental importância que o artista consiga resistir contra possíveis opressões que possam surgir para afastar o individuo de manifestar sua livre expressão através da arte. O curta metragem documental "Os bastidores da produção cultural independente no município de Dourados (MS)" dá uma verdadeira lição de aprendizagem e mostra a realidade pura do que os artistas enfrentam em suas produções consideradas até "caseiras". Vale ressaltar ainda do trabalho de Gabriele Santos como assistente de produção, a Rococoth Produções, responsável pela captação de imagens, áudio e edição do curta, e também a Comunique Acessilidade que realizou a produção de acessibilidade. No curta foram entrevistados: Raissa Souza Carvalho, Maria de Fátima Serafim da Silva, Guilherme Matheus Godoy dos Santos, Karla Fernanda Ribeiro Neves, Rossandra Cabreira, Jadi Reginaldo Ribeiro, Junia Cristina Pereira, Adriano Paes dos Santos, Gustavo Carneiro Gonçalvez, Luiz Fernando de Almeida Silva, Jacyene Brasileiro Mantarraia, Murilo Nascimento Possebon e Rodrigo Bernardes Lima. É importante salientar que é necessário que os governos apoiem sempre toda e qualquer manifestação artística. Esse curta metragem é uma grande mensagem de necessidade de contribuir com a arte e valorização da cultura local. Vale a pena assistir!











 
 
 

1 Comment

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Guest
Dec 11, 2024
Rated 5 out of 5 stars.

Que legal. Parabéns por fazer um trabalho assim diferenciado.

Paulo Henrique

Campo Grande MS

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