Crítica - Creedence: épico e atemporal para aquele que gosta de boa música!

Assistindo o show da banda Revisiting Creedence na última sexta-feira no Ginásio de Esportes do Guanandizão, fiquei com essa pergunta na cabeça: "Será que vale a pena trazer grandes shows de qualidade, com belas canções que superlotam outras capitais ?". Pois bem, mais uma vez um show de alto nível e com uma banda internacional não tem o público esperado pelos produtores. Em todos os lugares que a banda tocou, superlotou. Mas no MS, especificamente em Campo Grande - Mato Grosso do Sul, parece que está fora do tempo e a boa música sempre é descartada. Depois muitos reclamam porque a Capital sul-mato-grossense fica fora do circuito dos grandes espetáculos. Só posso escrever que foi um dos melhores shows que pude presenciar este ano na cidade. Quem esteve presente pode cantar e lembrar dos grandes sucessos da banda californiana que entrou pontualmente às 22 horas no palco. Simpáticos, arriscaram palavras em português e levaram o som para os saudosistas se emocionarem. O vocalista Dan McGuinnes foi perfeito, acompanhado do guitarrista Kurt Griffey (aliás os dois tocaram por muito tempo com Stu Cook e Doug "Cosmo" Clifford, músicos originais do Creedence Clearwater Revival por mais de 20 anos, formando assim a Creedence Clearwater Revisited). Outros dois, Ron Wikso e Mat Scarpelli formaram o quarteto. Os quatro componentes da banda tocaram grandes clássicos, como Susie Q, Bad Moon Rising, Who'II Stop The Rain, Green River, Proud Mary, Born on The Bayou, Fortunate Son, além da inesquecível Have You Ever Seen The Rain ?. A conexão com a plateia foi de imediato com essas músicas que marcaram gerações, e que até hoje são ovacionadas para aqueles que adoram trabalho de qualidade, ou seja, descartam os ritmos do "modismo ridículo"de um gênero de som que até evito escrever. Eles tocaram o verdadeiro country rock, blues rock e principalmente o chamado southem rock. Na realidade o show foi impecável e tudo aquilo que os fãs estavam esperando. A Cegonha Produções merece todos os elogios possíveis, pois desde a entrada, segurança, atendimento ao público funcionou perfeitamente. Muitos vão dizer e a acústica? Bom, apesar de várias críticas nos shows realizados no local, pelo menos onde estive sentado, ouvi perfeitamente. O show do Creedence foi algo marcante e surreal!