Crítica - Coice de Mula faz show com ar blasé no Bonito Blues & Jazz em Rio Verde
- Alex Fraga
- 21 de jun. de 2024
- 2 min de leitura

O nome da banda não é inédito, pois existe uma de blues-rock há mais de 10 anos no norte catarinense (mas isso é apenas um lembrete neste texto). No entanto, a reunião de alguns músicos, liderado por um dos pioneiros bateristas do Mato Grosso do Sul, João Bosco, o "Boscão", (um dos homenageados do Festival), hoje residindo no município de Coxim, formou-se novamente para o Bonito Blues & Jazz Festival em Rio Verde, a "Coice de Mula". Seus músicos tocaram alguns anos atrás juntos, mas não é uma constante. Longe daqui fazer uma crítica desfavorável aos seus componentes, já que todos têm anos de estrada e são músicos da primeira linha do rock do Estado. Em sua apresentação no segundo dia do evento na Praça das Américas, a banda trouxe um repertório interessante, mas porém para quem realmente conhece bandas históricas e que curtem até mesmo o tal lado B dos ditos Lps. Um erro crucial, pois o público presente, a maioria moradores de Rio Verde, desconhecia essas canções que os músicos da Coice de Mula sabem "de cor e salteado". O repertório foi fantástico sem dúvida alguma, no entanto notou-se que pareciam que eles estavam tocaram para si próprios, como estivessem em um ensaio. Um show talvez com "ar blasé". O público que prestou muita atenção na apresentação anterior, a do Crossroad Duo, de Ponta Porã, na quarta música da banda, parecia impaciente e até mesmo se afastou devido o som "muito alto" e com ruídos diversos. Erros na sonorização? Quem sabe, mas o tipo de música pedia, mas o barulho foi notório. Acredito que se a Coice de Mula optasse por canções de rock mais conhecidas, baladas das bandas e grupos que escolheram para o repertório, sem dúvida a aceitação seria diferente (é claro que com alguns acertos na mesa de som). Isso porque todas as músicas eram cover. Se fosse autorais, até aí tudo bem. O "ensaio" da banda sinceramente não fluiu. Independentemente dos grandes músicos que estavam no palco, a realidade não "agitou" o público presente. Tocar Deep Purple, Led Zeppelin, Rollin Stones ou Jethro Tull que seja, realmente para quem ama rock, é de agradar os ouvidos. No entanto, os músicos poderiam escolher na ocasião, pelo menos as mais conhecidas. O erro foi o repertório. E mais uma vez digo, sem duvidar de forma alguma o trabalho musical desses belos profissionais. Acredito que nessas apresentações em cidades menores, é necessário repensar e dar aquela pesquisada antes do primeiro acorde em palco! Nem todo mundo gosta do lado B. Pois é... foi assim!
Alex Fraga sempre certeiro!
Luana Jorge Peralta
Campo Grande MS
Tem que ter mesmo o mínimo de bom senso. Respeitar o público, mesmo que sejam excelentes músicos. Parabéns por essa visão crítica Alex Fraga. Sou sua fã.
Monica Mendes - Três Lagoas MS
Sempre gostei das coisas que o jornalista Alex Fraga escreve. É direto. Não o conheço, mas tem meu respeito. Parabéns.
Luiza Gomes - Ponta Porã MS
Nossa. Eu moro aqui em Rio Verde. Foi exatamente isso que vi. Muito barulho e músicas em sua maioria desconhecidas. Parabéns pela crítica.
Maria Luiza Gomes