Suavidade é um substantivo feminino que tem efeito doce e muito agradável ou aprazível aos sentidos; doçura, maciez. Logo que comecei a ouvir o álbum “Maringa Borgert no Studio Showlivre (ao vivo)”, com a canção intitulada Menestranda, foi essa a sensação que tive. Maringa Borgert, da cidade de Três Lagoas mostra nesse belíssimo trabalho musical autoral (todas) que mistura sons do nordeste e o Mato Grosso do Sul, impressiona. Na realidade um trabalho que me surpreendeu a cada música, no qual “Chegada Matutina”, uma guarania linda com um sotaque nordestino inigualável. “Lua dos Meus Olhos” lembra o nordeste tão rico culturalmente do nosso país, com a alegria de tocar algo com muita emoção naquele cadenciado som cavaleiro de ser encontrar. “Morada do Sossego” ele volta para aquele substantivo feminino que escrevi inicialmente no texto, doçura e muito brilho que lembra o campo com seu sol, jasmins, varanda e muita tranquilidade. “Curupira Folk”, vem com esse ritmo que é uma referência à cultura musical folclórica, que se utiliza de elementos múltiplos para criar uma identidade de um povo ou sociedade. Lindíssima e muito dançante. “Cantiga de Poleiro”, para ouvir lentamente acompanhando com os sons do bem-te-vi. Volta para a roça, para o campo, para a vida solitária e muito feliz. Lembrou algo com influência de Renato Teixeira. “Três Águas”, a força da guarania, som tradicional do Mato Grosso do Sul retorna com uma bela composição: “Os ventos que não vivi, aos versos que não cantei”, surpreendente refrão que dá o ritmo tão amado pelos sul-mato-grossenses. “Um Olhar para as Formigas”, talvez a música que mais gostei (ouvir umas quatro vezes). Aquela canção que deixa a gente emocionado pois tudo se encontra e encanta. Talvez Maringa estava num momento de êxtase. Uma sensação linda e que é uma música com a cara do “O Teatro Mágico”. Aliás, se o pessoal ouvir, com certeza vai gravar .”O Canto para a Saudade”, outra com a leveza de uma cadência que lhe é peculiar. “Maria José”, vem chegando novamente com o ritmo balanceado do nordeste, típica do sertão com seu forró maravilhoso. Por fim, Maringa Borgert encerra esse trabalho com “O Amanhecer”, uma felicidade intensa lembrando novamente o nordeste. Abre os olhos para a felicidade! Vale ressaltar a qualidade dos músicos. Aqueles que criticam os músicos do interior do Estado devem rever seus conceitos. Todos de um profissionalismo impecável: Murilo Martinez - violas/violão; Lucas Oliveira - violão 12 cordas/violão; Manoel Xavier – baixo e Edy Brazuca na percussão. É aquilo como a escritora norte-americana Diana Gabaldon disse um dia: “Qualquer boa música é na essência uma canção de amor. A libélula no âmbar”. É um álbum imprescindível de se ouvir - é tipo “efeito borboleta”, sempre queremos ouvir as boas coisas e rever os bons momentos! Recomendo várias vezes!
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