É sempre gratificante ouvir música autoral, principalmente em uma terra onde muitos apenas insistem em manter em atividade um trabalho cover. A cantora e compositora Bia Blanc diferentemente da maioria, partiu e lançou em julho de 2019, o seu álbum “A Cura, todo en Blue” que mostra o seu lado singular e íntimo de fazer o que mais gosta: cantar, compor ritmos do coração e alma: soul, blues e rock. Esse mostra a sua vontade de priorizar toda a diversidade cultural que assim uniu o som nacional com o blues argentino, o que não poderia dar errado jamais. O álbum é extremamente ótimo de se ouvir. E essa saga ela dita as regras iniciando com “Nueva”, acompanhada pelos caras do “El Viejo Truco”: uma “sonzeira”, mostrando que o som é universal, o rock une a todos. “Signo de Ar” é uma balada/blues interessante e com uma letra romantizada e cheia de paixão. E no ritmo suave, aparece “Atenção” continuando na sequencia gostosa do ritmo mais voltado para até o estilo pop-blues-rock. “A cura”, que dá o nome do álbum, Bia definitivamente mostra porque é uma compositora especial. Só poderia ser o “carro-chefe” desse trabalho. Um rock n` roll daqueles dançantes e gostosos de ouvir. Solta a voz com alegria e autenticidade. Bela música que rasga quem gosta do balanço às vezes pausado, e que sem dúvida “cura” os corações espedaçados. “Vaso” é uma canção para se ouvir e repensar no tempo, nas pessoas e nos olhares que vão distantes. E sempre com sua voz rasgante com muita sonoridade. “Calma”, o nome mesmo já invocando a suavidade da canção, agradável e é daquelas que é fácil para os ouvidos acostumar. E encerra seu álbum com “Drink de Amor” e curiosamente em dois ritmos: a primeira gravação, voltada para o blues. Muito bom como todo blues, chega na alma das pessoas, e com um poema lindo em português. A outra versão ritmada, mas ainda lembrando som anterior...mas o instrumento (violão) viaja com a voz de Bia e o poema recitado musicalmente em espanhol que ficou lindo. O álbum “A Cura, todo em Blue” é um ensinamento de como é bom fazer um trabalho autoral e de primeira linha. Gostei e quem ouvir com certeza vai querer ouvir mais vezes...
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