O documentário de Marina Thomé "Aquilo que eu nunca perdi", exibido em uma sessão especial para poucas pessoas (infelizmente) - em um espaço lindo de eventos do Bioparque Pantanal em Campo Grande (MS) - que conta a trajetória da cantora, compositora e instrumentista sul-mato-grossense Alzira E, pode-se dizer que é um verdadeiro "tesão". Assistir, ouvir depoimentos de artistas, famíliares, revivendo toda uma história dessa artista que está com 65 anos em plena forma poética musical, sem dúvida foi um momento mais que especial. Muitas das imagens, palavras, sons para quem conhece há anos essa artista como esse jornalista, foi como reviver um passado - retratos que estavam na mente e que na medida da exibição do filme, foram se juntando, revelando essa textura mágica que é da considerada sétima arte. Um documentário poético que junta toda a criação de imagens com música, poesia, frases, encontros e desencontros. Lembraças boas e outras ruins como agressões na então jovem de apenas 24 anos (depoimento corajoso e importantíssimo). O filme retrata fielmente a caminhada dessa artista ímpar que saiu daqui bem cedo para conquistar a grande metrópole, com seus quatro filhos, mas que jamais esqueceu suas raízes que logo se misturou com o som underground da dita vanguarda paulistana. Assim todos os caminhos percorridos por Alzira fluem na telona das mais diferentes formas. Imagens lindas, coloridas ou mesma em preto e branco. O antigo e o novo se misturam em um tom que é a cara de Alzira E. O filme em reúne memórias, sons, imagens e situações interessantes com participações de amigos e parceiros especiais como Arrigo Barnabé, Alice Ruiz, Itamar Assumpção, Almir Sater, Ney Matogrosso, Tiganá Santana, os irmãos Humberto, Geraldo, Celito e Jerry. Materiais de jornais e shows inesquecíveis. A diretora Marina Thomé consequiu trazer toda a essência de Alzira E. Um documentário que é necessário ser exibido em todas as telas do país e principalmente nas cidades do Mato Grosso do Sul para que as pessoas possam saber toda a lindeza poética musical que é essa artista. Vale muito a pena assistir e principalmente sentir...
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