
Sábado no Blog do Alex Fraga é dia de artigo com o jornalista, poeta e escritor de Brasília (DF), Maranhão Viegas, com Sociologia da ausência.
Sociologia da ausência
O dia mal começara e já se transformara em noite. Na mensagem que provocou tal mudança, o filho informava que “o pai descansara naquela madrugada”.
O pai era meu amigo Paulo Cabral. Sociólogo, pesquisador das gentes e costumes, professor apaixonado pela arte de ensinar.
Lutou como um leão silencioso contra um câncer. Não perdeu a luta. Descansou. Nós é que deixamos de desfrutar da sua companhia terrena.
Tive a honra de dividir um bom espaço da vida com ele. Primeiro, na condição de jovem repórter de TV, em busca de informações de qualidade, junto a uma fonte inesgotável de conhecimento confiável, sobre qualquer tema que se aventurasse a opinar.
Mais tarde, dividimos o convívio na redação, de certa forma, invertendo os papéis. Ali, no Jornal do Brasil Central, era eu que compartilhava com ele os ensinamentos da arte de fazer jornalismo com responsabilidade e paixão.
Não faz muito tempo, Paulo Cabral me presenteou com o generoso texto de apresentação do meu primeiro livro, “Cápsulas de Oxigênio”.
Paulo, paulistano que, apaixonado por Eunice, trocou a pauliceia pelo matão. Ganhamos todos.
Ele formou família, firmou-se como um dos grandes intérpretes das nuances sociais do “planeta” pantanal.
Paulo Cabral. Querido Paulo Cabral. Saiba que há um vazio imenso por aqui. Como diz Gil, a saudade que sentimos agora é a certeza da presença da sua ausência entre nós.
Inorbel Maranhão Viegas
Brasília, 28/02/24
Bom demais esse texto e emocionante!
Parabéns .Escreveu com louvor a linda homenagem
Maria de Lourdes da Costa
Muito bom. Texto impecável e merecida homenagem