Artigo - O Grão de Trigo, por P. Osmar Resende
- Alex Fraga
- 17 de mar. de 2024
- 2 min de leitura

Domingo no Blog do Alex Fraga é dia de artigo com o P. Osmar Resende, sdb, pároco da Paróquia Nossa Senhora de Salete (Primavera do Leste MT), com O Grão de Trigo.
O GRÃO DE TRIGO
Osmar Resende sdb
Jesus vai a Jerusalém por ocasião da Páscoa. Aí estão também alguns gregos, provavelmente monoteístas, que tinham alguma afinidade com o Judaísmo. E expressam o desejo de ver, de conhecer Jesus. Felipe entra em contato com André e se dirigem a Jesus.
Jesus, por sua vez, apresenta seu projeto de vida, pelo resto de dias que lhe sobram.
Diz Ele que vai ser glorificado. Sim, mas após sua morte, através da ressurreição. E usa a bela figura, o símbolo do trigo. O trigo que, lançado na terra, vai morrer e depois germinar. Assim, seu corpo, lançado na terra vai ressurgir esplendoroso, cheio de força, de energia.
Diz ainda que vai atrair todos a si. Quando for levantado da terra, quando ressurgir glorioso, quando aparecer a Madalena e às piedosas mulheres; aos apóstolos descrentes, decepcionados.
O grão de trigo, aparentemente morrendo, vai germinar, com nova vida.
Cristo, morto, sepultado, vai ressurgir gloriosamente. E atrairá a si as atenções do mundo através dos séculos.
O Cristo coroado de espinhos, crucificado, é a expressão máxima do amor, levado até as últimas consequências, gerando vida e vida em abundância.
Seguir Jesus, atraído por Ele, é fazer o papel do servo sofredor, do servo servidor.
“Existe uma alegria muito maior em dar do que em receber” (At 20,35).
Procuramos naturalmente o conforto, o bem estar. Mas não podemos esquecer o serviço, a doação. Devemos estar sempre alerta para as necessidades de nosso irmão, de nossa irmã.
É necessário, às vezes, morrer para gerar vida.
Não que devamos ser masoquistas. Mas o sofrimento vem ao nosso encontro, em forma de doença: COVID, dengue, infarto, câncer e outras tantas moléstias. E igualmente as pessoas que nos circundam são vítimas de tantos sofrimentos: assédio, violência, preconceito, indiferença, maledicência, que nos despertam compaixão.
Os santos são aquelas pessoas que se fazem trigo, para moer (como Santo Inácio de Antioquia), ou para servir aqueles mais necessitados, carentes: São João Bosco, Santa Teresa de Calcutá, Santa Dulce dos Pobres.
Eles e elas saborearam e expandiram a alegria que vem de um coração generoso, dedicado, moído, triturado, em benefício dos irmãos.
Aliás a Campanha da Fraternidade de 2024 nos lembra que “somos todos irmãos
Parabéns
Gratidão sempre
Amém!