Artigo - Jesus, Pão Vivo, por P. Osmar Resende

Domingo no Blog do Alex Fraga é dia de artigo com o pároco da Igreja Nossa Senhora do Salete, de Primavera do Leste (MT), Osmar Resende sdb, com "Jesus, Pão Vivo"

JESUS, PÃO VIVO

Osmar Resende sdb

No domingo passado falamos do maná no deserto, que apareceu providencialmente e ajudou a continuar a caminhada no deserto rumo à Terra Prometida.

Hoje Jesus se nos apresenta como o Pão da Vida (Cf Jo 6,41-51).

“Eu sou o pão que desceu do céu... Eu sou o Pão da Vida Eterna”. Num mundo em que reina a descrença e a ordem é desfrutar o máximo de prazer, curtir a vida, Jesus nos propõe ver além do horizonte uma luz, uma esperança.

O Livro dos Reis (1Rs 19,4-8) nos apresenta Elias descansando debaixo de um junípero, numa tremenda depressão. Porém, após receber e comer um pão, recupera suas energias e caminha “quarenta dias e quarenta noites, até chegar ao Horeb, o monte de Deus” (1Rs 19,8).

A Bíblia nos descreve a fome de Deus, do absoluto, que dá sentido à nossa vida, nossa existência.

Caminhamos com uma viseira que impede deslumbrar-nos os mistérios de Deus. Isso exige de nós uma fé profunda, irrestrita em Deus. Caminhamos na penumbra, em busca de um horizonte que tranquilize nosso coração.

O Concílio Vaticano II dá um grande valor à consciência, que é o recinto mais sagrado de nossa existência de nossa vida. É lá no mais íntimo de nosso ser, vasculhando os labirintos que vamos encontrar o sentido de nossa vida.

Grandes santos viveram esta experiência em profundidade, com suas angústias e perplexidades.

Somos convidados a um relacionamento vivo com Jesus, o Ressuscitado, pela nossa fé, nossa crença, nossa esperança.

Jesus nos convida a uma vida nova. A abandonar nossos costumes desumanos, antiéticos, anticristãos. A abandonar “a amargura, irritação, cólera, gritaria, injúrias” (Ef 4,31). E isso se dá a partir de nossa convivência com Jesus, “manso e humilde de coração”.

Na medida em que nos relacionarmos com Jesus diuturnamente nosso comportamento, nossas atitudes vão mudando, tornando-nos mais humanos e, por conseguinte, mais cristãos.

Jesus nos atrai pelo seu modo de ser, de viver, de ensinar, mas sobretudo pela sua voz que nos fala no mais íntimo de nosso ser.

“Eu sou o pão vivo que desceu do céu... quem comer deste pão viverá eternamente” (Jo 6,51).