Domingo no Blog do Alex Fraga é dia de artigo com o pároco da igreja Nossa Senhora do Salete, de Primavera do Leste (MT), P. Osmar Resende, sdb, com "Jesus, Pão da Vida".
JESUS, PÃO DA VIDA
Osmar Resende sdb
Jesus se apresenta como o pão da vida. Após Jesus realizar o milagre da multiplicação dos pães ele se apresenta como o Pão da Vida (cf Jo 6,24-35).
Refere-se a Moisés no Antigo Testamento, quando a Providência apresentou o maná e as codornizes, em meio à fome, na travessia do deserto. Maná, que segundo a Bíblia de Jerusalém, era uma “secreção de insetos das tamareiras” e as “codornizes cansadas da migração da Europa pelo Mediterrâneo”. Interpretado como a Providência Divina em favor do povo faminto no deserto (cf Ex 16,12-15).
Jesus passa a refletir do pão material para o pão espiritual. Temos fome de pão. Precisamos nos alimentar a cada dia para nossa sobrevivência física. Mas também precisamos do pão espiritual, que o próprio Cristo. Precisamos encarnar sua vida, suas ideias, seus princípios, seus valores, que nos remetem à vida eterna.
A vida eterna é germinada aqui e agora no tempo e no espaço, nas ações de cada dia. Mas precisamos ter os olhos voltados para a eternidade.
Vivemos num mundo consumista, buscando algo que preencha nosso vazio interior. Mas só Deus tem palavras de vida eterna.
Podemos desfrutar de momentos fugazes de felicidade, de sensação de bem estar, mas como diz Santo Agostinho fomos feitos para a eternidade, para o absoluto.
“Que devemos fazer?” - perguntam os discípulos. São Paulo nos dá a resposta em sua Carta aos Efésios: “Renovai o vosso espírito e a vossa mentalidade. Revesti o homem novo, criado à imagem de Deus. Em verdadeira justiça e santidade” (Ef 4,23-24).
Precisamos uma verdadeira metanoia, uma mudança de mentalidade, de pensamento e consequentemente de ação.
Temos infinitas lições de felicidade, de prazer, mas se não buscarmos o essencial, vã será nossa busca, nosso esforço, nossa luta.
Muita gente não encontrando o sentido da vida, em situações difíceis, extremas, parte para a destruição da própria existência.
Mesmo em meio ao sofrimento, às dores mais horríveis, podemos encontrar o sentido da vida, um horizonte seguro, uma luz de esperança.
São Paulo já dizia: “passados os sofrimentos presentes entraremos na glória futura” (Rm 8,18).
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