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  • Foto do escritorAlex Fraga

Artigo - Henrique Spengler não pode ser esquecido !



Ontem (domingo 21), fez exatamente 21 anos que Mato Grosso do Sul perdia barbaramente assassinado, um dos seus maiores artistas: Henrique Spengler (dia 21 de março de 2003). Um grande batalhador e pesquisador das manifestações indígenas e nativistas, principalmente à nação Guaicuru. Como ocorre sempre em Mato Grosso do Sul, Spengler foi pouco valorizado em com sua arte enquanto vivo. É claro que alguns também procuram deixar seu legado vivo, como o www.unidadeguaicuruviva.com.br. Mas, após anos de esquecimento, parece que algumas pessoas resolveram mostrar que é necessário preservar e exaltar a memória dos grandes artistas que não estão mais aqui. Para tanto, em um movimento intitulado MS: Nossa Arte tem História, promoverá agora, sempre um ciclo de debates com os principais protagonistas dos principais movimentos culturais de MS que mantinham essa concepção de união com artistas de várias áreas. Assim, no dia 29 (segunda-feira), na rua Barão do Melgaço, 177, haverá um debate e se discutirá sobre a importância da "Unidade Guaicuru", que foi um grande movimento na arte sul-mato-grossense. O nome maior e responsável sem dúvida foi o artista Spengler. Segundo a eterna professora Maria da Gloria Sá Rosa disse que “ao pesquisar a abstração dos padrões de desenho de couros, cerâmicas e tatuagem dos Kadiwéu, absorveu a essência das etnias regionais, projetando-a de maneira singular na linguagem das linhas e da forma". Esse grande artista plástico dedicou-se à disciplina da “História Regional” que o interessava particularmente. Após sua morte, poucas foram as homenagens e uma das principais foi o documentário do cineasta Alexandre Basso intitulado “Guerreiro da Paz”. Para aqueles que não conheceram a história desse grande artista, ele nasceu em Campo Grande (MS), no dia 6 de fevereiro de 1958. Filho de José Roberto Spengler, natural de Coxim (MS) e de Glorieta de Melo Spengler, natural de Paraíso (MS). Passou sua infância e juventude em Campo Grande, onde fez os estudos primários e secundários. Nesse período participou de grupos de escoteiros e grupo de recreação. Participou da fundação do Léo Clube de Campo Grande, participou do intercâmbio YFU, morando nos EUA. durante um ano, voltando ao Brasil, morou em São Paulo e Brasília, preparando-se para o vestibular. Cursou pós graduação dois anos na Faculdade de Medicina na então, UEMT atual UFMS mudou-se para São Paulo, onde cursou a Faculdade de Artes Plásticas da FAAP onde se graduou em educação artística. De volta a Campo Grande, coordenou a Tainá Tour-Galeria. Participou do processo de surgimento do movimento cultural Guaicuru. Foi presidente em 1994, por 15 anos da unidade Guaicuru de cultura. Também foi presidente do conselho curador da fundação Guaicuru de Cultura e Meio Ambiente. Como Artista Plástico, participou de exposições na capital e interior do estado, Mato Grosso, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraguai, Bolívia, Canadá, Portugal e Geórgia. Participou de Salões em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, onde obteve inúmeras premiações. Henrique Spengler desenvolveu um trabalho Abstracionista Neonativista, baseado na iconografia Mbaia Guaicuru Kadiwéu. Que possamos lembrar sempre desse grandes artista que contribuiu para a história cultural do Mato Grosso do Sul. Ele não pode ser esquecido!


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