CONVERTEI-VOS, PORQUE O REINO DE DEUS ESTÁ PRÓXIMO
Osmar Resende SDB

Estamos nos aproximando do Natal, em que comemoramos mais uma vez a vinda de Jesus, em forma de criança. A cidade, as casas, o comércio, as igrejas se enfeitam, lembrando a vinda do Menino Deus, em séria concorrência com o bom velhinho de barbas brancas, o Papai Noel.
O Cristianismo é uma religião histórica. Tem suas bases alicerçadas lá no Antigo Testamento, em que os profetas anunciavam a vinda de um messias, de um salvador, novos céus, nova terra.
Isaías (Is 11,1-10) prevê um mundo paradisíaco, em que convivem pacificamente, harmoniosamente, o lobo e o carneiro, o bezerro e o leão, a vaca e o urso, a criança e a serpente. Para tanto o Espírito do Senhor derrama suas bênçãos, seus dons em forma de sabedoria, discernimento, conselho, fortaleza, ciência, temor de Deus (cf. Is 11,2)
E eis que chegada a plenitude dos tempos, Deus Pai envia seu próprio Filho, encarnado, em forma de criança, Jesus de Nazaré.
E nesse tempo de preparação para o santo Natal surge a figura ímpar de João Batista (cf. Mt 3,1-12), aquele que não se achava digno nem de cuidar de suas sandálias de esus. Aquele que haveria de batizar com o Espírito Santo e com fogo.
De fato Batista (o batisador) veio preparar os caminhos do Senhor e pregava com veemência: “Convertei-vos, porque o Reino de Deus está próximo” (Mt 3,2). Vivemos em meio a uma sociedade secularizada. Aos poucos o ateísmo, a indiferença, vai grassando em meio a uma sociedade que se dizia cristã. Haja vista a França, cujas prospectivas dão conta que em breve o cristianismo praticamente desapareceria em seu território.
“Convertei-vos, porque o Reino de Deus está próximo”. Sim ele está aí. Onde existe o Amor, Deus aí está. Deus está presente em cada pessoa, em cada irmão, em cada irmã. Mas sabemos que não se realiza em plenitude. Em suas parábolas, Jesus compara o Reino de Deus com um tesouro, com uma pérola preciosa, mas ao mesmo tempo convive com o trigo e o joio.
São Paulo, escrevendo aos romanos (Rm 15,4-9) convida a termos um só coração, confiando na bondade, na misericórdia de Deus.
Abramos, pois, nosso coração para acolher Aquele que está sempre presente no meio de nós, mas às vezes não o reconhecemos.
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