Domingo no Blog do Alex Fraga é dia de artigo com o pároco da Igreja Nossa Senhora do Salete (Primavera do Leste - MT), P. Osmar Resende, sdb, com "Assunção de Nossa Senhora".
ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA
Osmar Resende sdb
No dia 15 de agosto, no calendário litúrgico romano, se celebra a Assunção de Nossa Senhora. No Brasil a CNBB transferiu para o domingo seguinte, quando não ocorrer no domingo.
A assunção de Maria é um dogma decretado por Pio XII, em 1950, baseado na tradição da Igreja.
Dom Henrique Soares, bispo de Palmares PE, falecido em 2020, vítima da COVD 19, considerado um bispo tradicionalista, tem um vídeo muito interessante sobre a Assunção de Nossa Senhora.
Alguns afirmam que Nossa Senhora não teria morrido. Ele diz expressamente que ela passou pela experiência da morte, tanto é que existe a tradição de seu “túmulo em Éfeso, como em Jerusalém”.
Aliás, quando estive em Jerusalém em 1996, tive a oportunidade de visitar a “Igreja da Dormição”, em que se acredita que a morte de Maria foi como um sono profundo. Mas, segundo Dom Henrique, assim como Jesus, Maria passou pela experiência da morte, também. E como São Francisco de Assis sonhava ir ao encontro da Irmã Morte, para se encontrar definitivamente com Deus, assim Maria, passando pela experiência da morte, entrou em comunhão perpétua com Deus, na bem-aventurança eterna.
Maria visita sua prima Isabel (Lc 1,39-56) em Ein Karen, próximo a Jerusalém, onde tive a felicidade de visitar em 1996. Maria sobe a montanha. O ato de subir, nas Sagradas Escrituras, já é um sinal de elevação espiritual. Na missa o presidente convida a impulsionar “corações ao alto”, a mantermos nossa mente nas alturas. Aliás, louvamos a Deus proclamando: “Glória a Deus nas alturas”.
A visita de Maria a Isabel é uma efusão de alegria. “A minha alma engrandece ao Senhor e exulta de alegria em Deus meu Salvador”. É um prenúncio, um antegozo das alegrias eternas.
Assim concluímos que Maria foi “elevada aos céus”, glorificada, vindo a participar da bem-aventurança eterna, no esplendor perpétuo, na comunhão divina e definitiva.
E, assim como ela, somos convidados a mantermos os pés na terra, mas com o coração voltado para os céus, para as alturas da santidade, da comunhão com Deus. Não fomos criados para rastejarmos sobre a terra, mas para voarmos com asas de águia, mirando as alturas, as coisas celestes, as verdadeiras alegrias, mesmo em meio às trevas, às pedras no caminho. Tal é o nosso destino.
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