Domingo no Blog do Alex Fraga é dia de artigo com o P. Osmar Resende, da paróquia Nossa Senhora de Salete, de Primavera do Leste (MT), com "A Divina Misericórdia"
A DIVINA MISERICÓRDIA
Osmar Resende sdb
No segundo domingo de Páscoa celebramos o Domingo da Divina Misericórdia. Os apóstolos estavam reunidos, a portas fechadas por medo dos judeus. De repente Jesus chega e a primeira coisa que faz é saudar os apóstolos, desejando-lhes a Paz. A presença de Jesus Ressuscitado causa uma alegria profunda.
Jesus transmite aos apóstolos o poder de perdoar pecados em nome de Deus. Jesus veio para salvar, não para condenar, como ele mesmo diz.
Karl Rahner, um teólogo que influenciou significativamente o Concílio Vaticano II reflete sobre a misericórdia divina. E chega a se perguntar se é possível que Deus, cheio de amor, de misericórdia, condene alguém. Temos o exemplo do chamado São Dimas, “o bom ladrão”, que na última hora foi salvo por Jesus: “Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso”, disse Jesus a ele.
Voltemos a Tomé. Estava ausente quando Jesus Ressuscitado apareceu aos apóstolos. Ele fica cético. Não acredita. Exige prova. Jesus então aparece outra vez e se dirige pessoalmente a ele. Ele se desmonta e faz uma profissão de fé: “Meu Senhor e meu Deus”.
Podemos, também nós, termos nossas dúvidas. E é até bom, porque assim buscamos a verdade, usando nossa razão, passando e uma fé ingênua, infantil, para uma fé esclarecida, operante, comprometida.
São Paulo, no areópago de Atenas, chega a dizer que “buscamos a Deus, às apalpadelas... nele vivemos, nos movemos e somos” (At 17,27-28).
Não basta apenas acreditar intelectualmente, mas é preciso viver nossa fé, nossas crenças, na prática.
Nos Atos dos Apóstolos vemos que os primeiros cristãos davam testemunho do Senhor Ressuscitado, se reuniam para celebrar a eucaristia, partilhar o pão, ajudando os necessitados. A multidão dos fiéis era um só coração, uma só alma (Cf. At 4,32-35).
Solange Maria
Brasília DF