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Aquidauana - Projeto Olubayo leva cinema à comunidade quilombola Furnas dos Baianos

  • Foto do escritor: Alex Fraga
    Alex Fraga
  • 22 de mar.
  • 2 min de leitura


***Aline Lira e Lucas Arruda***


Neste sábado, 22 , às 19, o projeto Olubayo chega a Aquidauana para mais uma exibição especial, desta vez na Associação da Comunidade Negra Quilombola Rural Furnas dos Baianos, no Salão da Associação - em Piraputanga (distrito). A iniciativa, que já percorreu quatro comunidades, tem o objetivo de levar a magia do cinema a territórios quilombolas e comunidades negras urbanas, promovendo reflexões sobre identidade, resistência e ancestralidade por meio de obras dirigidas por cineastas negros.


A programação traz a exibição de cinco filmes: Fábula da Vó Ita, de Joyce Prado; Bonita, de Mariana França; Luzes Debaixo, de Tero Queiroz; Águas, de Raylson Chaves; e Jardim de Pedra – Vida e Morte de Glauce Rocha, de Daphyne Schiffer.


O projeto, que percorrerá nove comunidades negras ao todo, já reuniu cerca de 400 pessoas nas sessões realizadas até o momento em quatro quilombos. Também estão previstas exibições de filmes em mais outras quatro comunidades, são elas: Comunidade Quilombola Chácara Buriti (28.03/Campo Grande); Associação da Comunidade Negra Quilombola Rural Dos Pretos (29.03/Terenos); Associação Familiar Negra São João Batista (05.04/Campo Grande) e Associação da Comunidade Negra Quilombola Urbana Eva Maria de Jesus - Tia Eva (12.04/ Campo Grande).


Para a presidente da Furnas dos Baianos, Ivete Carreras, receber o projeto Olubayo é uma oportunidade única para a comunidade. “O acesso a um momento de lazer como esse é fundamental, principalmente porque muitos moradores nunca tiveram a chance de assistir a um filme no cinema, seja pelo custo dos ingressos ou pela distância até uma sala convencional. Esse projeto proporciona um espaço de confraternização e também abre janelas para um mundo de informações e reflexões sobre realidades que vão além do nosso cotidiano”, destaca.

Idealizadora do projeto, a professora Bartô reforça a importância dessas sessões para a valorização da identidade negra. “O cinema dentro das comunidades negras e quilombolas é mais do que entretenimento, é um ato de resgate. Cada filme exibido fortalece a autoimagem da população negra, trazendo para a tela histórias que dialogam diretamente com nossa ancestralidade e trajetória. É um olhar sobre si e sobre nossa força coletiva”, afirma.


O projeto Olubayo segue sua jornada pelo Mato Grosso do Sul, levando histórias que promovem reflexões sobre identidade, memória e pertencimento. A iniciativa faz parte das comemorações pelos 40 anos do grupo TEZ (Trabalho Estudos Zumbi) e conta com investimento da Lei Paulo Gustavo, do MinC -  Ministério da Cultura e do Governo Federal, por meio de edital da FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), da Setesc e do Governo do Estado. Mais informações podem ser acompanhadas pelo Instagram (@olubayo_cinemanegro).

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**** São jornalistas

 
 
 

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